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Os Estados Unidos autorizaram o comércio de bilhões de dólares com empresas de países incluídos em sua lista negra nos últimos anos, especialmente com o Irã, mesmo com a vigência de sanções e restrições legais.

Reportagem do jornal The New York Times mostrou como brechas nas leis e esquemas entre lobbies empresariais e políticos influentes permitiram a venda de produtos nada vinculados à ajuda humanitária. Entre os negócios permitidos estava a licitação de um gasoduto no Irã, que facilitaria a exportação de gás para a Europa.

As autorizações beneficiaram indústrias alimentícias como a Pepsi, a Kraft Foods, a Mars, a McCormick e a American Pop Corn e também de outros setores, como a General Electric. As companhias teriam fechado operações comerciais com empresas acusadas pelos EUA de envolvimento com o terrorismo e a proliferação nuclear.

No início de 2011, Washington deverá ampliar ainda mais as sanções econômicas aplicadas contra o Irã. Mas, nos últimos anos concedeu licenças de exportação de alimentos para redes varejistas controladas por bancos mencionados na lista negra e pela Guarda Revolucionária, considerada uma organização terrorista pelos EUA. O Departamento do Tesouro concedeu na última década mais de dez mil exceções às companhias americanas.

Ao New York Times, o subsecretário do Tesouro americano, Stuart Levey, defendeu ontem a política americana e afirmou que, no caso do Irã, tais exceções permitiram enfatizar o fato de os EUA serem contrários ao governo de Teerã, não ao povo iraniano. "Ninguém duvida da nossa seriedade nas sanções. Esses casos são raros e não há nenhum conflito com nossos esforços para aplicar pressão sobre o Irã, que já enfrenta quatro rodadas de sanções no Conselho de Segurança da ONU por causa de seu programa nuclear", disse Levey.

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