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Riga – Os Estados Unidos aproveitaram a reunião de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Riga, na Letônia, para pedir que os aliados aportem mais forças e meios necessários no Afeganistão, onde há vários meses a aliança militar enfrenta uma resistência sem precedentes dos guerrilheiros talebans concentrados no sul do país.

O presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou em entrevista coletiva na Estônia antes de viajar para a vizinha Letônia que os aliados "devem aceitar missões difíceis se querem ter êxito" e disse que os 26 país da Otan devem proporcionar as forças requeridas pelos comandantes militares no campo de conflito.

A Missão Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf), considerada como o maior desafio na história da Otan, foi o assunto central do jantar ao qual comparecem ontem os 26 chefes de Estado ou de Governo da Aliança, em Riga.

Nos últimos dias aumentaram as pressões da Otan para que os 26 enviem mais forças à missão e, sobretudo, para que Espanha, Alemanha, Itália e França levantem as restrições geográficas quanto à ação de suas tropas, o que, segundo os EUA, dificulta muito o trabalho. Estas limitações também foram muito criticadas pelo Reino Unido e Canadá, cujas tropas combatem os talebans no sul, enquanto as dos outros países se encontram em lugares mais tranqüilos, como o oeste, o norte e Cabul (veja quadro). "Precisamos estar presentes especialmente quando as coisas ficam feias ou quando os jornais começam a pedir estratégias de retirada", declarou ontem o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer.

Letônia

A presidente da Letônia, Vaira Vike-Freiberga, também seguiu a linha de Bush ao dizer, na segunda-feira, que se os membros da Otan querem ajudar o Afeganistão devem fazê-lo com todas as conseqüências. "Estar no Afeganistão simplesmente como adornos, hóspedes ou turistas não é o objetivo", declarou.

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