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Imagem tirada por meio de um microscópio, no Centro para Controle de Doenças dos EUA, mostra o vírus da gripe suína | AFP
Imagem tirada por meio de um microscópio, no Centro para Controle de Doenças dos EUA, mostra o vírus da gripe suína| Foto: AFP

Nova Iorque - Os EUA registraram ontem a primeira morte por gripe suína no país, a de um bebê mexicano de 22 meses que visitava parentes no Texas. O número de casos confirmados da doença em solo norte-americano chegou a 91, atingindo dez estados e levando o presidente Barack Obama a pedir que sejam elaborados planos de contingência para o fechamento de escolas.

"Esta é obviamente uma situação séria (...) o suficiente para que as maiores precauções sejam tomadas", afirmou o presidente pela manhã. Ele pediu agilidade de autoridades de saúde locais e estaduais na detecção e notificação de possíveis novos casos e pediu escolas que considerem "fortemente" a interrupção das aulas em caso de suspeita de contaminação.

O menino mexicano, originário da Cidade do México, morreu em um hospital de Houston na última segunda, mas a presença do vírus só foi confirmada anteontem. Segundo autoridades locais, ele chegou ao estado já infectado pela gripe suína e possuía "várias outras condições médicas" prévias.

Cinco distritos do Texas fecharam todas as suas escolas e, com 16 casos confirmados, o estado declarou situação de emergência. A Califórnia (que tem 14 confirmações) e o governo federal também já haviam decretado emergência.

Em Nova Iorque, que tem 51 dos 91 casos confirmados do país, já são quatro as escolas fechadas devido a suspeitas de contaminação. Também confirmaram casos Michigan, Ohio, Arizona, Indiana, Kansas, Massachusetts e Nevada.

O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos EUA descartou por ora o estabelecimento de quarentenas longas, mas orientou doentes a ficarem isolados por uma semana.

Ainda assim, um fuzileiro naval de uma base no sul da Califórnia que teve teste preliminar positivo foi posto sob quarentena, assim como seu colega de quarto. Outros 37 militares que tiveram contato com o doente tiveram a circulação restrita.

Com maior capacidade laboratorial de análise, os EUA estão confirmando casos mais rapidamente que o México, que até ontem tinha 49 infecções com o vírus H1N1 confirmadas, segundo o governo (7 delas culminaram em morte). Materiais para teste de pacientes mexicanos estão sendo enviados ao CDC em Atlanta e ao Canadá.

Além de usar a cultura viral, os EUA também decidiram liberar o uso de um teste mais rápido para o vírus (o RT-PCR) que ainda não havia sido formalmente aprovado pela Agência de Remédios e Alimentos (FDA). O CDC afirma em seu site que a confirmação final dos casos continua sendo feita em suas instalações, mas que logo deverá ser feita em laboratórios de saúde pública pelo país.

Enquanto isso, crescem nos EUA os pedidos pelo fechamento da fronteira sul. O deputado Eric Massa, democrata de Nova Iorque, foi o primeiro no Capitólio a pedir que o trânsito de pessoas entre EUA e México seja interrompido.

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