Os Estados Unidos estão decepcionados e profundamente preocupados com o estado de exceção decretado no Paquistão pelo presidente Pervez Musharraf e exigiram a realização das eleições em janeiro, conforme previsto, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, neste sábado, em declarações reforçadas por um comunicado da Casa Branca.

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"Os Estados Unidos estão muito preocupados" com a instauração de um estado de exceção, declarou Sean McCormack, segundo a nota do Departamento de Estado.

"Exigimos que cumpram seus compromissos imediatamente", ressaltou McCormack, que também destacou a promessa do general e presidente paquistanês de realizar as eleições legislativas em 15 de janeiro de 2008.

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De acordo com um comunicado da Casa Branca também divulgado neste sábado, os EUA consideraram a postura de Musharraf "muito decepcionante".

"Esta decisão é muito decepcionante. O presidente Musharraf precisa manter sua promessa de eleições livres e justas em janeiro e renunciar como chefe do Exército antes de fazer o juramento presidencial", frisou a Casa Branca.

"Todas as partes envolvidas deveriam se mover juntas, rápida e pacificamente pela via democrática", acrescentou o comunicado.

As eleições previstas para janeiro são consideradas como uma etapa crucial para o restabelecimento da democracia no Paquistão, uma potência nuclear de 160 milhões de mulçumanos.

Musharraf é um aliado dos Estados Unidos em "sua guerra contra o terrorismo" e seu Exército mantém uma luta violenta contra os islamitas próximos aos talibãs e da rede Al-Qaeda nas zonas tribais fronteiriças com o Afeganistão.

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