EUA terão megaembaixada no Iraque

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Bagdá – Com sistemas próprios de segurança e abastecimento elétrico e de água, a nova Embaixada dos Estados Unidos que está sendo construída em Bagdá, a capital iraquiana, será uma fortaleza que terá o tamanho do Vaticano. A representação diplomática está sendo erguida no coração da cidade. Será um complexo de 21 edifícios em uma área de 42 hectares, segundo informa o Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos.

A Embaixada estará situada dentro da chamada Zona Verde, área central de Bagdá fortemente vigiada e onde se localizam também a sede do governo iraquiano e os hotéis onde hospeda-se a maioria dos visitantes estrangeiros.

Atualmente, a representação norte-americana ocupa o velho palácio republicano em um bairro vizinho onde se encontram as dependências governamentais, local cercado por vários muros de cimento.

Cerca de 5,5 mil pessoas, entre iraquianos e norte-americanos, trabalham na construção da nova Embaixada, que de longe será a maior do mundo. Muitas pessoas questionam o gigantismo da obra. "Uma embaixada tão grande na Zona Verde, ao lado das dependências do governo, faz com que muitos iraquianos se perguntem sobre quem manda realmente no país", diz um informe do Grupo de Crises Internacionais, um organismo europeu de investigações.

O porta-voz do Departamento de Estado, Justin Higgins, justificou a presença de uma missão diplomática tão grande afirmando ser "bastante óbvio que por vários anos haverá um importante compromisso dos Estados Unidos com o Iraque, em todos os aspectos".

Os ataques relatados ontem deixaram 12 mortos no Iraque. Um tenente-coronel da polícia iraquiana foi assassinado em Basra por homens armados quando seguia para o trabalho. Além disso, dois marines americanos morreram e 22 ficaram feridos, em um ataque na província rebelde sunita de Al-Anbar, ao oeste de Bagdá. Com isso, sobe para 2.368 o número de vítimas entre militares e funcionários do Exército norte-americano. Entre os iraquianos, são mais de 30 mil mortes.