Constrangidos e irritados, assessores da Casa Branca tentavam ontem conter os danos políticos e militares causados pelo vazamento, no domingo, de 92 mil documentos militares secretos sobre a guerra no Afeganistão, reunidos pelo site WikiLeaks.
O Departamento de Defesa qualificou a divulgação de "ato criminoso" e disse que estava lançando uma "caçada" para encontrar o responsável pelo vazamento. O presidente Barack Obama não quis responder às perguntas sobre o vazamento ao fazer uma declaração à imprensa sobre outra questão.
O Pentágono também informou que está revisando os documentos para conter os danos, tanto para os Estados Unidos quanto para os seus aliados. "Isto representa uma real e potencial ameaça aos que estão trabalhando todos os dias para nos manter em segurança", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
Os documentos vazados, uma coleção de dados da inteligência e relatórios sobre ameaças, a partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2009, quando Obama ordenou o envio de mais 30 mil soldados ao Afeganistão, ilustram a falta de controle do Pentágono sobre as informações diante da deterioração da segurança e do fortalecimento do Taleban.
Os documentos descrevem ações militares mortíferas envolvendo militares dos EUA, incluindo um grande número de pessoas mortas, feridas, assim como a localização de cada evento. Os incidentes vão de disparos contra civis inocentes a grandes perdas de vidas em ataques aéreos. O porta-voz do Departamento de Estado, Peter Crowley, disse que os documentos são antigos e não refletem as situações e condições, que teriam sido corrigidas.
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