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Embaixador dos EUA na Turquia, Francis Ricciardone (de cabelos brancos) dá entrevista | Reuters
Embaixador dos EUA na Turquia, Francis Ricciardone (de cabelos brancos) dá entrevista| Foto: Reuters

Contexto

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas rebeldes curdos e militantes islamitas atuam na Turquia.

Ataques

Rebeldes curdos, que lutam pela autonomia do sudeste do país, majoritariamente curdo, têm intensificado os ataques na Turquia no último ano.

Suicidas

Além disso, militantes islamitas ligados à Al-Qaeda tem realizado ataques suicidas em Istambul. Num ataque ao consulado britânico em 2003, um suposto militante islâmico jogou uma picape cheia de explosivos contra o principal portão da representação diplomática, matando 58 pessoas, dentre elas o cônsul-geral britânico.

Istambul

Em 2008, um ataque supostamente realizado por militantes ligados à Al-Qaeda na frente do consulado dos Estados Unidos em Istambul matou três atacantes e três policiais.

Críticas

O governo da Turquia se transformou num duro crítico do regime na Síria, onde a guerra civil já deixou pelo menos 60 mil mortos. As primeiras baterias de mísseis Patriot enviadas para a Turquia para proteger o país de ataques sírios foram declaradas operacionais e colocadas sob comando da Organização Tratado do Atlântico Norte (Otan) no sábado e outras devem passar a operar nos próximos dias.

O porta-voz da presidência dos Estados Unidos, Jay Carney, disse que o ataque à embaixada americana em Ancara, capital da Turquia, foi um "ato de terror". Segundo ele, ainda não há informações sobre quem é o responsável, mas, por definição, a presença de um suicida com bombas no perímetro de uma embaixada é um ato terrorista.

O tal suicida, de identidade ainda não revelada, detonou ontem os explosivos que levava junto consigo diante do prédio da missão diplomática dos EUA em Ancara. Um guarda turco que trabalha na equipe de segurança da embaixada morreu em consequência do ataque. Segundo o governo turco, esquerdistas do próprio país estão por trás do ataque.

Ferido

O embaixador americano Francis Ricciardione disse aos jornalistas que o guarda que estava no portão de entrada foi morto às 13h15 e que um cidadão turco ficou ferido. "O complexo é seguro e todos nós estamos a salvo... Estamos tristes, obviamente, com a perda de um de nossos guardas turcos", declarou Ricciardone, ao sair da embaixada pouco depois da explosão.

"[O ataque] parece amador e não muito bem organizado. Parece bem diferente da operação realizada em Benghazi", disse o analista Sinan Ulgen, ex-diplomata turco que atualmente trabalha do Instituto Internacional para a Paz Carnegie Endowment.

Prisão

O ministro do Interior da Turquia, Muammer Guler, disse que autoridades de segurança receberam informações de que o suicida era um turco com 30 e poucos anos que já esteve preso por acusações de terrorismo e que é um conhecido membro de um grupo de esquerda proscrito, a Frente/Partido Revolucionário para a Libertação do Povo, conhecido pela sigla DHKP-C.

O grupo, que luta por um Estado socialista é considerado uma organização terrorista pelo governo americano.

Repercussão

Violência prejudica a "paz e prosperidade" turcas, diz Erdogan

O primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan disse que o ataque demonstra a necessidade de uma cooperação internacional contra o terrorismo e teve como alvo prejudicar a "paz e prosperidade" da Turquia.

Policiais foram enviados para a área e várias ambulâncias eram vistas no local. Um jornalista viu um homem que parecia estar seriamente ferido sendo transportado por uma ambulância.

Um policial, que falou em condição de anonimato, disse que a polícia havia examinado câmeras de segurança nas proximidades da embaixada e identificado duas pessoas que poderiam ser o suicida

O prédio da embaixada é altamente protegido. Ele fica perto da uma área onde várias outras embaixadas estão instaladas, dentre elas a da Alemanha e da França, e a poucos quarteirões do Parlamento. A polícia cercou a área e os jornalistas foram mantidos à distância.

Os telefones no interior da embaixada não eram atendidos. Em comunicado, a representação diplomática norte-americana agradeceu a Turquia por "sua solidariedade e indignação com o incidente".

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