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Madri (AFP) – Os pedidos de países europeus para que a CIA (serviço de inteligência dos EUA) explique manobras ocorridas em seus territórios para o transporte, a detenção ilegal e a tortura de presos acusados de ligação com o terrorismo não param de aumentar. O governo norueguês anunciou ontem "uma reunião com o embaixador norte-americano para determinar as circunstâncias" do pouso, em 20 de julho, de um avião que, segundo a imprensa local, foi utilizado pela CIA para transportar prisioneiros islâmicos. Em Portugal, dois partidos políticos exigem explicações sobre reportagem de uma revista semanal dando contra que dois aviões da CIA pousaram em dois aeroportos do país. A revista Focus noticiou que um jato Gulfstream e um Boeing 737-700, que teriam sido usados pelos CIA foram fotografados no aeroporto internacional do Porto e em Tires, nas proximidades de Lisboa.

Na Espanha, quatro aviões utilizados pela CIA para transportar prisioneiros a centros de detenção secretos fizeram pelo menos dez escalas em Palma de Maiorca entre 22 de janeiro de 2004 e 17 de janeiro de 2005, de acordo com o jornal El Pais. O ministro do Interior, José Antonio Alonso, declarou que uma investigação da justiça espanhola sobre esses "fatos gravíssimos" está em curso.

Na Suécia, pelo menos dois aviões-prisão da CIA pousaram em 2005 e 2002, de acordo com a agência de notícias sueca TT. Um destes aviões teria ido diversas vezes à base americana de Guantánamo, em Cuba. O governo sueco pediu "uma informação completa" às autoridades da aviação civil.

Hungria, Itália e Alemanha também querem explicações do governo dos EUA.

O Senado dos EUA exigiu que o chefe da inteligência dê informações precisas sobre as prisões secretas administradas pela CIA, onde quer que elas estejam. O Washington Post afirmou que a CIA havia enviado mais de 100 suspeitos detidos ilegalmente após os atentados de 11 de setembro a uma rede de prisões financiadas pela agência norte-mericana na Europa do Leste e em outros países, sobretudo Tailândia e Afeganistão. Depois da Tailândia, Bulgária, Hungria, Romênia e Polônia desmentiram oficialmente a existência de tais prisões em seus territórios. Somente a República Tcheca admitiu ter rejeitado um pedido dos EUA para a criação de uma prisão para detentos procedentes da base de Guantánamo.

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