Cerca de 200 pessoas participaram ontem de cerimônia no Bosque do Papa, em Curitiba, marcando a santificação de João Paulo II, definido como o “papa da família”| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

24 chefes de estado e delegações de mais de cem países prestigiaram a santificação. No altar, ao lado de Francisco, estiveram o cardeal Agostino Vallini, vigário-geral de Roma, e o cardeal polonês Stanislao Dziwisz, o famoso secretário de João Paulo II.

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800 mil pessoas na Praça de São Pedro, mais 150 cardeais, mil bispos e cerca de 6 mil sacerdotes participaram da cerimônia de canonização. Entre os presentes, estava ainda Francesco Beschi, bispo de Bergamo, cidade natal de João XXIII

Emoção

Para irmãs paulinas, São João Paulo II é um exemplo de vida

Vizinhas do Bosque do Papa, as irmãs paulinas Selestina Dariva e Assunta Menegat acompanharam a celebração em homenagem a São João Paulo II bastante emocionadas.

"Quando ele visitou Curitiba, nós ainda não morávamos aqui. Ele é para nós um exemplo de vida, de simplicidade e amor ao próximo", disse Assunta.

Tamanha admiração pelo papa polonês fez Selestina acordar cedo para acompanhar a canonização. "Levantei às quatro horas da manhã para assistir a cerimônia de canonização dos papas João XXIII e João Paulo II. Foi muito bonito", disse.

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1980 ano em que o papa João Paulo II veio a Curitiba. A viagem do sumo pontífice ao Paraná foi relembrada ontem em cerimônia no Bosque do Papa, em homenagem ao papa polonês canonizado ontem no Vaticano.

Para fiéis, visita do papa em 1980 é motivo de

Uma celebração em ação de graças à canonização do papa João Paulo II ocorreu ontem no Bosque do Papa, em Curitiba. Durante mais de duas horas, cerca de 200 fiéis, autoridades e membros da Igreja relembraram momentos da visita de Karol Wojtyla, o papa polonês, a Curitiba, em junho de 1980, e prestaram homenagens a São João Paulo II.

INFOGRÁFICO: Veja o gráfico de canonizações durante o papado de Francisco

A programação começou com a apresentação da banda da Polícia Militar do Paraná e teve ainda a participação de corais, orações e saudações de grupos folclóricos poloneses, alemães e espanhóis. As pessoas presentes puderam ouvir um trecho da gravação da palavra do papa João Paulo II nas cerimônias da visita que fez à capital paranaense. No final, houve a celebração de uma missa.

Para o Reitor da Missão Católica Polonesa no Brasil, padre Zdzislaw Malczewski, a canonização do papa João Paulo II é um momento histórico para os católicos de todo o mundo. "O empenho e dedicação do papa polonês na união dos povos tornou o seu pontificado universal. Nas três visitas feitas ao Brasil, João Paulo II procurou transmitir mensagens de amor, caridade e esperança e despertar esses sentimentos nas pessoas", disse. Ele destacou ainda a importância da homenagem organizada pela comunidade polonesa em Curitiba. "O papa escolheu visitar Curitiba. A cidade não estava no trajeto definido pela Conferência Episcopal, mas ele queria conhecê-la. Isso é motivo de grande honra para todos nós", afirmou.

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Presente na celebração, o prefeito Gustavo Fruet reafirmou o compromisso de Curitiba na preservação do Bosque do Papa, local que leva o nome do pontífice e foi feito em homenagem a passagem de João Paulo II pela capital. "A canonização foi um evento repleto de emoções para poloneses e católicos. O papa João Paulo II foi o líder de transformações importantíssimas. Temos a missão de preservar e enaltecer as lições de amor deixadas por ele", disse Fruet.

Vaticano

Curitibanos viajam para acompanhar a santificação dos papas

Denise Drechsel, enviada especial

Em meio ao público que viajou para ver a canonização, havia curitibanos. "Visitar a Basílica de São Pedro, onde estão os papas santos, foi muita emoção para mim, e os Museus Vaticanos", conta a curitibana e descendente de poloneses Vera Lúcia de Amorim, 62 anos, que viajou em um grupo montado para acompanhar as santificações. Antes de chegar na capital italiana, o grupo esteve em outras cidades como Florença e Assis. "Mas para nós o momento especial ainda está por chegar, estamos ansiosos com o momento de ver os dois papas santos", disse a professora curitibana Denise Maria Cubas César, de 66 anos. "Tive a sorte de viver no período dos dois papas e, para mim, antes de morrerem, com a sua simplicidade e humildade, já eram santos; por isso é muito especial estar aqui", completou.

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