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Evo Morales acena a simpatizantes no centro histórico da Cidade do México, onde está asilado.
Evo Morales acena a simpatizantes no centro histórico da Cidade do México, onde está asilado.| Foto: Pedro Pardo/AFP

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales revelou nesta sexta-feira (15) que está analisando a proposta do presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, de receber asilo no país vizinho. "Quero agradecer a proposta do irmão Fernández e sua maneira de nos ajudar. Gostaria de estar no meu país e não perco a esperança de voltar a qualquer momento. Estamos analisando, mas estamos esperando um pouco antes de responder", disse Morales a jornalistas no México, onde se encontra asilado.

Na quinta-feira (14), o presidente eleito argentino afirmou que seria "uma honra" conceder asilo político a Morales a partir de 11 de dezembro, após sua posse, marcada para o dia 10. “Se eu fosse presidente neste momento teria oferecido asilo a ele desde o primeiro dia. A Argentina é sua casa, por isso o receberei com gosto”, disse Fernández durante coletiva de imprensa no Uruguai, ao acrescentar que dará asilo também a Álvaro García Linera, ex-vice-presidente da Bolívia, que renunciou junto com Morales.

Em entrevista à rádio El Destape, da Argentina, Evo Morales disse que não conversou com o governo de Mauricio Macri e que manteve comunicação somente com Fernández, que expressou "sua solidariedade".

O ex-presidente boliviano procurou rebater acusações de que houve fraude nas eleições em que se candidatou a um quarto mandato e que desencadeou as manifestações violentas em seu país. "Diante das alegações de fraude, eu disse que qualquer organização internacional deveria fazer uma auditoria. Sim, houve alguns erros, mas nenhuma fraude. Estamos convencidos disso. Não estou mentindo. O relatório preliminar da OEA foi puramente político Eu não entendia como a OEA poderia se juntar ao golpe. Luis Almagro (secretário-geral) não nos deixou comunicar com ele. Eu disse que esse relatório traria mortos e feridos, que colocaria tudo em chamas. Os mortos que temos são de sua responsabilidade. A história os julgará", afirmou.

Evo Morales renunciou ao cargo no domingo (10) após uma onda de protestos contra sua reeleição para um quarto mandato. Em seguida aceitou a oferta de asilo feita pelo México.

Segundo informou a ministra da Segurança Nacional da Argentina, Patricia Bullrich, ao jornal Clarín, pelo menos seis ex-oficiais bolivianos entraram na Argentina após a renúncia de Morales. Eles entraram como turistas, na fronteira, e não pediram asilo político. Também há ex-ministros de refugiados na embaixada da Argentina em La Paz.

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