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Mais de 5 milhões de bolivianos vão às urnas hoje nas eleições departamentais e municipais, após uma campanha marcada pelo protagonismo do presidente Evo Morales.

No total, serão eleitas 2.502 autoridades, entre governadores, prefeitos, parlamentares de­­partamentais (estaduais), vereadores e outros cargos.

A eleição, de logística complexa – serão 478 tipos de cédulas em todo o país –, é mais um passo no objetivo de Morales de converter a Bolívia em um Estado "plurinacional’’, modelo previsto na nova Constituição do país, aprovada em referendo no ano passado.

E, apesar de seu caráter regional, o pleito também é uma nova prova para a liderança de Mo­­rales, que foi reeleito em dezembro com 64,2% dos votos. Na ocasião, seu partido, o Movi­­men­­to ao Socialismo (MAS), tomou o controle do Senado, até então o outro foco de resistência da oposição.

Participando quase que diariamente de comícios por todo o país, o presidente pressionou o eleitorado a votar nos candidatos do MAS, porque, como disse an­­teontem em El Alto, "não trabalhará com os conspiradores’’, referindo-se à oposição.

Pesquisas divulgadas na se­­mana passada indicam que o MAS vencerá nos departamentos (estados) de La Paz, Oruro, Potosí e Cochabamba, que já governa, e em Pando.

A vitória neste último é tida como muito importante para Morales. Ao lado de Santa Cruz, Beni e Tarija, o departamento faz parte da chamada "meia-lua’’ – região controlada pela oposição que, durante o primeiro mandato de Morales, se uniu em uma frente comum que reivindicava autonomia por opor-se ao presidente.

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