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O presidente da Bolívia, Evo Morales, sofreu no domingo sua pior derrota eleitoral em quase seis anos de governo, depois de uma avalanche de votos nulos em uma histórica eleição de juízes nacionais por sufrágio universal, segundo resultados extraoficiais.

A tradicional base de Morales na população de origem indígena parece ter imposto o revés a ele por causa de seu impopular plano de construir uma estrada de 420 milhões de dólares -- financiada na maior parte pelo Brasil -- através da região Amazônica do país e também a repressão policial aos manifestantes que protestavam contra a obra.

Se as projeções extraoficiais forem confirmadas, essa terá sido a primeira derrota eleitoral de Morales -- o primeiro indígena a ocupar o cargo de presidente na Bolívia -- em quase seis anos no poder.

Mas Morales, que dias antes se vangloriava de haver obtido seis vitórias consecutivas nas urnas, não admitiu publicamente a derrota. Ele considerou a eleição válida e afirmou que o resultado mostra a "nova justiça para a Bolívia".

No único resultado extraoficial divulgado horas depois do fechamento das urnas, a emissora privada de televisão ATB disse, com base em contagem rápida feita pela empresa Ipsos Apoyo, que os votos nulos superavam amplamente os válidos e que a abstenção estava em torno de 20 por cento.

Os bolivianos votaram para eleger os 28 membros dos quatro tribunais nacionais, em uma consulta vista como medição de forças entre o governo, que fez um chamado pelo voto válido, e uma dispersa oposição que promovia o voto nulo.

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