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O presidente da Bolívia, Evo Morales, tentou amenizar nesta terça-feira (6) a tensão com o Brasil gerada por sua decisão de comprar duas refinarias da Petrobras e monopolizar a exportação de petróleo reconstituído e gasolinas brancas, feita até agora pela empresa brasileira.

Para Morales, esta "decisão soberana do Estado e do povo boliviano não acarretará problemas entre La Paz e Brasília".

"Vamos apostar no diálogo", afirmou Morales, em entrevista à imprensa na residência presidencial.

As declarações do presidente boliviano foi uma resposta aos sinais de protesto do governo brasileiro e da Petrobras contra o controle da comercialização destes dois produtos decretada domingo por Morales.

A exportação de petróleo reconstituído e de gasolinas brancas era feita pelas duas refinarias da empresa brasileira que o governo boliviano quer comprar por 60 milhões de dólares, contra os 160 milhões de dólares solicitados pela Petrobras, segundo a imprensa dos dois países.

As propostas concretas e a modalidade do acordo ainda estão sendo mantidas em sigilo.

"Nossa equipe técnica está analisando a proposta, não vamos negociar pela imprensa os preços das refinarias", afirmou o presidente boliviano, em tom conciliador.

"Não vamos ter problemas com o Brasil, estou convencido disso (...) tenho muito em comum com o presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva)", afirmou o chefe de Estado, apesar de a chancelaria brasileira ter se declarado "decepcionada" com o decreto de Morales.

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