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Líderes do G8 iniciam cúpula entre divergências e protestos

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Liderança da oposição política russa, o ex-enxadrista Gary Kasparov condenou nesta quinta-feira (7) o presidente norte-americano, George W.Bush, e outros líderes do G-8 por darem ao presidente russo, Vladimir Putin, uma plataforma para se apresentar ao mundo como um democrata.

Para Kasparov, a Rússia não deveria participar do encontro com os países mais desenvolvidos porque Putin desmantelou a democracia. Ele criticou Bush por não ter sido mais duro com Putin sobre o retrocesso da democracia na Rússia e por fazer uma demonstração de amizade com o presidente russo.

Kasparov pediu ao grupo que "declare o óbvio: que a Rússia de Putin não pertence ao G-8 porque não é uma democracia e não é uma potência industrial". O oposicionista disse que o G-8 deve exigir que Putin satisfaça essas condições ou deixe o grupo.

"Bush ainda tenta encontrar afinidades e chama Putin de 'Vladimir', embora o amigo dele Vladimir praticamente o chame de Adolf", disse Kasparov, referindo-se a um discurso que o presidente russo fez no início de maio fazendo uma comparação velada entre os EUA e o Terceiro Reich, de Adolf Hitler.

Nesta quinta, Bush e Putin divulgaram um comunicado afirmando terem um diálogo "construtivo". O presidente norte-americano havia dado sinais de que manifestaria preocupação com a situação da democracia na Rússia.

Em um discurso em Praga, antes do G8, o presidente norte-americano mencionou que as reformas na Rússia haviam sido suspensas, com sérias implicações para a democracia. Bush e Kasparov tiveram um encontro em Praga após essas declarações.

O oposicionista defende que o Ocidente mantenha as relações comerciais com a Rússia, cuja economia tem crescido no governo Putin, mas que trate o país com a mesma cautela política com que lida com a China.

"Não é nada demais falar para Putin que ele não pode agir como Lukashenko e ainda ser tratado como um líder democrático", afirmou Kasparov antes de um protesto da oposição em São Petersburgo. Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, é considerado pelos EUA o último ditador da Europa.

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