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O ex-ministro boliviano de Hidrocarbonetos Andrés Soliz denunciou que dois membros da diretoria da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) foram agredidos fisicamente por desconhecidos em fevereiro, segundo uma carta divulgada hoje.

A carta de Soliz, dirigida ao ministro de Governo (Interior), Alfredo Rada, com cópias enviadas à imprensa, afirma que o diretor Alberto Claure Quezada foi agredido na madrugada de 13 de fevereiro por três pessoas desconhecidas.

Segundo o ex-ministro, os agressores entraram à força em um táxi que transportava Claure, o identificaram através de sua carteira de identidade e "bateram nele de forma brutal, para depois abandoná-lo na periferia, não sem antes dizer a ele que parasse de incomodar".

A carta acrescenta que outro membro da diretoria da YPFB, Mariano Dupleich, foi agredido em 28 de fevereiro na porta de sua casa quando saía para trabalhar.

"A intenção de colocá-lo em um automóvel estacionado a poucos metros foi impedida por um pastor alemão que saiu em defesa do agredido", afirma Soliz.

Tanto Claure como Dupleich foram designados no ano passado como membros da diretoria da YPFB pelo presidente Evo Morales entre um grupo de candidatos propostos por Soliz durante sua gestão, que terminou com sua renúncia em setembro de 2006.

Na carta, Soliz pediu a Rada que busque e identifique os agressores e garanta aos diretores da YPFB "a segurança de que necessitam para desempenhar suas funções neste momento transcendental para o destino do gás e do petróleo no país".

Soliz foi um dos inspiradores da nacionalização dos hidrocarbonetos decretada por Morales, mas renunciou ao cargo depois que o Governo desautorizou sua decisão de controlar o negócio de refino de carburantes que está nas mãos da Petrobras.

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