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O presidente dos EUA, Donald Trump| Foto: MANDEL NGAN/AFP

Uma ex-modelo acusou nesta quinta-feira (17) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de agredi-la sexualmente durante o torneio US Open de tênis em 1997. Na época, ela tinha 24 anos e ele, 51.

Amy Dorris contou ao jornal britânico The Guardian que o bilionário republicano a beijou e a tocou sem seu consentimento, acusações negadas pelos advogados do presidente ao mesmo jornal, a menos de sete semanas das eleições americanas, que ocorrem em 3 de novembro.

Segundo Amy, Trump, que na época era um incorporador imobiliário agrediu-a no dia 5 de setembro de 1997, em frente ao banheiro de camarote vip do magnata no US Open, o grande slam americano.

"Ele enfiou a língua na minha garganta enquanto eu o rejeitava. Então ele me apertou mais, colocou as mãos no meu traseiro, nos meus seios, nas minhas costas, tudo", disse Dorris, acrescentando que pediu a Trump para parar. Na tentativa de se defender, a ex-modelo, hoje com 48 anos, disse ter mordido a língua dele e acredita que o feriu. Trump ignorou sua rejeição, contou a ex-modelo. "Fiquei presa no abraço dele, não consegui sair", disse.

A mulher afirmou que sentiu "nojo" e ficou "indignada". Ela apresentou ao jornal "evidências" de sua versão, como uma entrada para o torneio e seis fotos nas quais aparece com Trump, que na época era casado com sua segunda mulher, Marla Maples.

O que diz Trump

"As alegações são totalmente falsas", disse a assessora legal da campanha de Trump, Jenna Ellis, em um comunicado. "Vamos considerar todos os meios legais disponíveis para responsabilizar o The Guardian pela publicação maliciosa desta história sem fundamento. Esta é apenas mais uma tentativa patética de atacar o presidente Trump pouco antes da eleição".

Segundo o Guardian, os advogados de Trump disseram que, se tivesse ocorrido, o suposto encontro relatado por Dorris teria sido visto por muitas pessoas durante o evento.

Dorris afirmou à publicação que ela disse a seu namorado da época, Jason Binn, que ela estava desconfortável com os avanços de Trump. Binn não falou com o Guardian, mas os advogados de Trump disseram que falaram com ele e que ele não se lembrava de Dorris ter reclamado de Trump.

Outras acusações contra Trump

O presidente dos Estados Unidos já foi acusado de agressão ou assédio sexual por 25 mulheres, incluindo a editorialista E. Jean Carroll, que o acusa de estupro em meados da década de 90. Trump nega todas essas acusações. No caso de E. Jean Carroll, alegou que ela não era "seu tipo de mulher".

Pouco antes da eleição de 2016, circulou na internet um vídeo de 2005 do magnata do mercado imobiliário, gabando-se de ser capaz de pegar as mulheres por seus órgãos genitais, graças à sua notoriedade.

O Guardian acrescentou que o depoimento de Dorris também foi corroborado por várias pessoas a quem ela relatou o evento na época. A ex-modelo, mãe de duas filhas gêmeas, diz que cogitou ir a público em 2016, quando outras mulheres relataram o assédio de Trump, mas não o fez por achar que isso prejudicaria sua família.

Agora, ela alega que se sente uma referência para suas filhas, com quase 13 anos. "Elas devem saber que ninguém deve poder fazer nada que elas não queiram. Quero que vejam que não me calei, que confrontei alguém que fez algo inaceitável", disse ela ao jornal.

Biden também foi acusado de assédio por uma ex-funcionária de seu gabinete no Senado em 1993. Biden negou a alegação de Tara Reade.

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