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O atual governo da Espanha, liderado pelos socialistas, deveria reconsiderar sua moratória sobre a construção de mais usinas nucleares dentro do país, afirmou nesta quinta-feira (9) o ex-primeiro-ministro socialista Felipe González.

González, o premiê espanhol que mais tempo ficou no poder desde o fim da ditadura, defendeu a moratória com unhas em dentes quando no comando do país, entre 1982 e 1996. O ex-dirigente continua a ser uma figura influente dentro do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol).

O atual governo da Espanha permaneceu contrário às instalações nucleares depois de ter regressado ao poder, em 2004, e prometeu tirar de operação as oito usinas atômicas do país a fim de dar prioridade a fontes renováveis de energia.

"Em vista dos avanços tecnológicos no setor da energia nuclear e no processamento do lixo atômico, chegou a hora de reabrirmos o debate sobre a utilização dessa alternativa", afirmou González em um almoço com representantes do setor de energia, em Madri.

"Alguns integrantes do governo concordam comigo. Já que alguém precisa dar a cara para bater a respeito desse assunto, eu me candidato. Temos de repensar essa questão."

As licenças para o funcionamento de sete das oito usinas nucleares da Espanha deixam de vigorar entre 2009 e 2011, ou durante o mandato do atual governo, reeleito há pouco tempo.

O premiê espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, já afirmou por diversas vezes ser contrário a uma reavaliação da moratória e repetiu seu comprometimento com as fontes renováveis de energia como peça fundamental nos esforços para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

A Espanha decidiu em 1984 arquivar os planos sobre a construção de novas usinas atômicas como resultado da oposição da opinião pública à energia nuclear logo depois de acidentes e de atentados terroristas contra reatores nos anos 70.

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