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Táxi passa em frente a um cartaz assinado pelo artista Dr. D com um retrato de Rupert Murdoch, chefe da News Corp., em Londres | Reuters
Táxi passa em frente a um cartaz assinado pelo artista Dr. D com um retrato de Rupert Murdoch, chefe da News Corp., em Londres| Foto: Reuters

A polícia da Grã-Bretanha acredita que o ex-primeiro-ministro Gordon Brown tenha sido alvo de um grampo telefônico realizado por um detetive que trabalharia para jornais, disse uma porta-voz do político na segunda-feira.

Os jornais Guardian e Independent haviam noticiado em seus sites na segunda-feira que jornalistas de publicações pertencentes a Rupert Murdoch haviam tentado repetidamente interceptar mensagens na caixa-postal de Brown na época em que este era ministro das Finanças e primeiro-ministro. Dados bancários, o prontuário judicial e exames médicos da família dele também teriam sido alvo de espionagem.

A porta-voz de Brown disse que a família dele está "chocada com o nível de criminalidade e os meios antiéticos pelos quais detalhes pessoais foram obtidos".

"Gordon Brown já foi informado da escala da intrusão na sua vida familiar", disse a assessora em nota.

Segundo ela, "a polícia confirmou que o sr. Brown está na lista de Glen Mulcaire", o detetive particular que está no centro do escândalo de grampos telefônicos que levou ao fechamento do tabloide News of the World, pertencente a Murdoch.

Pelo Twitter, a mulher de Brown, Sarah, disse: "Triste demais em saber tudo o que eu soube a respeito da privacidade da minha família - é muito pessoal e realmente nocivo se for tudo verdade."

Murdoch decidiu fechar o News of the World, que circulava aos domingos com grande tiragem, por causa das denúncias de que a publicação grampeou telefonemas de várias pessoas. Mas há suspeitas de que outros jornais do grupo News International - aos quais pertencem o Sun, o Times e o Sunday Times - também teriam se valido de expedientes ilegais para apurarem notícias.

Em nota, a News International prometeu investigar as suspeitas envolvendo Brown.

Segundo o Guardian, Brown passou mais de dez anos sendo espionado. Em seis ocasiões, uma pessoa se fazendo passar por Brown teria obtido informações bancárias do político para o Sunday Times.

Além disso, advogados de Brown em Londres teriam sido induzidos a entregar detalhes do prontuário jurídico dele a uma pessoa que também estaria a serviço do Sunday Times.

E, no incidente que talvez seja mais grave, o Guardian afirmou ter apurado que detalhes do prontuário médico de Fraser Brown, filho pequeno de Gordon Brown, teria sido obtido pelo tabloide Sun. Em 2006, esse jornal revelou que o menino sofria de fibrose cística.

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