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O ex-presidente de Israel, Moshe Katsav, foi condenado nesta quinta-feira (30) por ter estuprado uma funcionária quando era ministro de governo. Trata-se da acusação criminal mais séria contra um alto integrante do governo. Katsav, de 65 anos, pode pegar uma pena de no mínimo quatro anos de prisão por dois casos de estupro contra funcionárias ocorridos em 1998, quando ele era ministro do Turismo.

O tribunal distrital de Tel-Aviv também o condenou por atos indecentes e assédio sexual contra outras duas mulheres que trabalharam com ele depois que Katsav se tornou presidente, em 2000. Katsav negou as acusações. Ele afirma ser vítima de uma conspiração, dando a entender que é acusado por pertencer à comunidade israelense sefaradita. Judeus sefaraditas, originários do Oriente Médio, foram durante décadas uma subclasse na sociedade israelense. Katsav nasceu no Irã e imigrou para Israel quando era criança.

O veredicto encerra uma saga de quatro anos e meio que chocou os israelenses por seus detalhes sombrios, guinadas e reviravoltas. O ex-presidente deixou o cargo em 2007, duas semanas antes do final de seu mandato de sete anos, após fazer um acordo no tribunal pelo qual ele poderia ter a pena diminuída caso assumisse a autoria dos crimes.

Katsav foi substituído no governo por Shimon Peres. Embora em Israel o cargo seja meramente cerimonial, o presidente é o chefe de Estado e representa o país em cerimônias em todo o mundo. Mas em abril de 2009, Katsav rejeitou o acordo e afirmou que queria limpar seu nome no tribunal. Na época, ele convocou a imprensa para uma entrevista na qual criticou os promotores e negou qualquer acusação. Seu comportamento durante a entrevista, durante a qual ele tremeu de raiva e gritou com os repórteres, foi muito criticado.

Katsav foi ministro em vários governos liderados pelo partido de direita Likud, antes de ser eleito presidente em 2000.

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