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A ex-primeira-dama de Taiwan Wu Shui-bian admitiu hoje que participou de lavagem de US$ 2,2 milhões e forjou documentos. É a última revelação no processo judicial que já levou seu marido, Chen Shui-bian, em prisão domiciliar, a realizar uma greve de fome, a filha a ser criticada pela mídia e o filho confessar crimes similares.

Em cadeira de rodas, uma aparentemente frágil Wu confessou a um painel de três juízes que enviou para o exterior US$ 2,2 milhões recebidos de um empreiteiro por um projeto de construção do governo. Também admitiu ter fraudado documentos relacionados a um fundo especial presidencial.

Porém a ex-primeira-dama negou outros crimes, como desvio de dinheiro do fundo ou aceitar propinas em outro caso. Ela não esclareceu se o dinheiro recebido era de fato uma propina, como os promotores alegam, ou uma doação política, como Wu frequentemente sugere. O caso é parte de uma teia complexa de acusações que engloba o marido dela, o ex-presidente Chen Shui-bian, além de o filho dela, a nora e o filho. Após a audiência, a ex-primeira-dama falou: "Eu me desculpo por envolver vários membros da minha família e também por causar distúrbios à sociedade taiwanesa.

O imbróglio mobiliza a ilha de 23 milhões de habitantes, particularmente desde maio, quando Chen deixou a presidência e promotores anunciaram a abertura de uma investigação contra ele. Chen já realizou uma greve de fome de 16 dias, alegando que seu sucessor, Ma Ying-jeou, o persegue para agradar a China. Chen é um partidário da independência taiwanesa e um crítico do aumento dos contatos políticos e comerciais com os chineses - Taiwan se separou da China em meio a uma guerra civil, em 1949.

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