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Genebra (EFE) – Analistas de todo o mundo chegaram nesta semana em Genebra a uma nova definição para a má nutrição, que incluirá o excesso de peso. "Achamos que é necessário redefinir o conceito de má nutrição, para que englobe a subnutrição, mas também a supernutrição", explicou ontem a presidente do Comitê Permanente da Nutrição, Catherine Bertini.

Esse comitê, formado por representantes de agências das Nações Unidas, ONGs, sociedade civil, governos e mundo acadêmico, se reúne esta semana em Genebra, sob a convocação da Organização Mundial da Saúde (OMS), como faz há 24 anos.

Os analistas sustentam que a obesidade e a desnutrição são faces de uma mesma moeda, e lembram que no mundo cerca de 170 milhões de crianças estão abaixo do peso, enquanto cerca de 300 milhões de adultos são obesos.

Além disso, eles defendem que a obesidade não é só um problema dos países ricos, ao contrário do que geralmente se acha, já que as dietas pouco equilibradas – entre elas as que abusam de um alimento por falta de alternativas – também provocam excesso de peso.

Na Índia, o custo de atender os doentes com problemas relacionados ao excesso de peso é superior ao usado na luta contra a falta de alimentos.

Bertini disse que apenas 1,8% dos investimentos em saúde são destinados a programas alimentares, apesar de "uma população bem alimentada ser mais saudável, mais produtiva e gastar menos em cuidados médicos".

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