O exército da Nigéria anunciou que matou 95 membros da seita radical islâmica Boko Haram em uma ofensiva antiterrorista em vários estados do norte do país, informo neste sábado a imprensa local.

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Uma das operações ocorreu nas imediações da cidade de Maiduguri, onde o exército disse ter destruído vários acampamentos do Boko Haram, segundo um comunicado divulgado por vários meios de comunicação nigerianos.

Os acampamentos se localizavam nas aldeias de Galangi e Lawanti, onde os soldados mataram 74 supostos membros da milícia na quinta-feira, informou um porta-voz militar, o tenente-coronel Mohammed Dole.

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O ataque terrestre contou com o apoio da força aérea, em uma operação que terminou com dois militares feridos.

As forças nigerianas também mataram 21 fundamentalistas neste mesmo dia em um enfrentamento em Damaturu, a capital do estado de Yobe.

Outro porta-voz militar, o capitão Eli Lazarus, informou que o exército apreendeu veículos e armamento dos insurgentes.

Os insurgentes tinham queimado a residência oficial de um comandante e outros imóveis dentro de instalações da polícia, de onde roubou armas e munição.

Os membros de Boko Haram também destruíram as dependências do Departamento de Investigação Policial na cidade de Damaturu.

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A polícia, que junto aos militares combateram os fundamentalistas em um tiroteio, sofreu algumas baixas, que não foram reveladas.

Após o ataque, que começou na quinta-feira pela noite e continuou até primeira hora da sexta-feira, os militares impuseram um toque de recolher de 24 horas em Yobe, um dos três estados com maioria de população muçulmana do norte da Nigéria.

O presidente do país, Goodluck Jonathan, declarou em maio estado de emergência em Yobe, Borno e Adamawa após um aumento da atividade criminosa na zona, onde opera o Boko Haram.

O grupo, cujo nome significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", luta para impor a sharia (lei islâmica) no país africano, de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde 2009, quando a polícia matou o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que deixou mais de 3.000 mortos, segundo números do exército nigeriano.

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Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais. EFE