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O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou nesta segunda-feira (8) estado de exceção no país, que durará inicialmente 60 dias
O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou nesta segunda-feira (8) estado de exceção no país, que durará inicialmente 60 dias| Foto: EFE/ José Jácome

O Exército do Equador informou, nesta quarta-feira (10), sobre a detenção de duas pessoas armadas na fronteira com o Peru, às quais classificou de terroristas. "Os militares e policiais foram recebidos com tiros de fuzil. Como resultado da operação, dois terroristas foram detidos", informou o Exército equatoriano em sua conta na rede social X.

Em poder dos dois homens foram encontrados um fuzil, duas submetralhadoras, duas pistolas, um revólver, seis carregadores, 66 cartuchos, quatro rádios de transmissão e 64 trouxinhas de maconha.

A operação militar foi realizada em conformidade com o Decreto Executivo 111, assinado ontem pelo presidente do país, Daniel Noboa. Com o ato, Noboa declarou a existência de um "conflito armado interno" no país e ordenou que as Forças Armadas realizassem ações militares para combater grupos do crime organizado.

O decreto foi assinado pouco depois que homens armados e encapuzados, já detidos, invadiram uma emissora de televisão na cidade de Guayaquil e em meio a uma tensão crescente.

O Equador viveu nesta terça-feira (9) um dia de terror, com carros incendiados, ataques com explosivos, sequestros de policiais e incertezas sobre a situação dos agentes penitenciários feitos reféns por detentos nas prisões, sobre os quais ainda não havia informações oficiais nesta quarta.

DETENTOS

Em um primeiro balanço, a polícia informou ontem à noite que 70 pessoas foram presas em conexão com a violência no país.

O Ministério Público (MP) do Equador informou hoje que um juiz da província de Loja, aceitou seu pedido e ordenou a prisão preventiva de seis pessoas.

"Elas foram acusadas por suposta participação no crime de terrorismo. São supostamente responsáveis pelas explosões e pela queima de veículos em várias partes da cidade", anunciou o MP em sua conta no X.

Da mesma forma, O MP informou que, na província de Tungurahua, processará 15 pessoas presas por suposto terrorismo porque "teriam tentado realizar ataques fora do centro de reabilitação social na cidade de Ambato, contra policiais e agentes penitenciários”. O órgão explicou que os detidos estavam de posse de revólveres, submetralhadoras e munição.

FUGA DE PRISIONEIROS

O Equador está em estado de emergência por 60 dias, com toque de recolher durante a noite e madrugada, devido a uma série de incidentes em prisões, que começaram na segunda-feira (8), e à "suposta fuga" de um dos criminosos mais perigosos do país.

Os incidentes começaram quando as autoridades realizaram operações em uma penitenciária de Guayaquil em busca de José Adolfo Macías, conhecido como "Fito", que aparentemente escapou no fim de semana. Ele é líder de Los Choneros, considerada uma das gangues mais perigosas do país por causa de suas supostas ligações com cartéis mexicanos.

Em meio ao estado de emergência decretado, também escapou da prisão Fabricio Colón Pico, capturado na semana passada depois que a procuradora-geral do Estado, Diana Salazar, mencionou um suposto plano para assassiná-lo. Salazar identificou Pico como membro de Los Lobos, grupo criminoso que Noboa qualifica como "terrorista".

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