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O Exército americano mantém sob sua custódia pelo menos quatro iranianos, entre eles altos oficiais militares, que foram detidos em duas operações realizadas na semana passada em Bagdá, segundo a edição desta segunda-feira do jornal "The New York Times".

O jornal baseia-se em informações obtidas com altos comandantes iraquianos e americanos em Bagdá e Washington.

A Administração de George W. Bush se limitou a confirmar que os iranianos se encontram sob sua custódia.

- Seguimos trabalhando com o Governo iraquiano sobre o status dos detidos - disse Gordon D. Johndroe, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

Johndroe também indicou que, inicialmente, entre os detidos nas operações estavam dois diplomatas iranianos que possuíam documentos demonstrando que trabalhavam no Iraque. Os dois diplomatas foram entregues às autoridades iraquianas e posteriormente liberados.

Por enquanto se desconhece, segundo o jornal, a identidade dos detidos, assim como que tipo de evidência os altos comandantes americanos possuem sobre a possibilidade de que os iranianos estivessem planejando ataques.

No entanto, um alto oficial, que preferiu o anonimato, disse ao jornal que vários materiais foram confiscados nas batidas e que agora eles estão em fase de análise.

As operações, realizadas no centro de Bagdá, aborreceram "profundamente" altos funcionários do Governo iraquiano, que têm realizado "esforços intensos para convencer o Irã a colaborar com assuntos de segurança" iraquianos.

Aparentemente, o Executivo iraquiano ficou "especialmente incomodado" com o fato de que uma das operações foi realizada no complexo residencial de Abdulaziz al-Hakim, presidente do grupo xiita Assembléia Suprema para a Revolução Islâmica (Asri), que esteve em Washington há três semanas.

Há quatro dias, iranianos e iraquianos se esforçam por garantir a libertação dos detidos. Tato o governo de Washington quanto de Bagdá acusaram Teerã de interferir nos assuntos internos do Iraque.

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