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Policiais e bombeiros participam dos trabalhos de resgate dos feridos pela bomba que explodiu perto da estação de metrô Escuela Militar, em Santiago | Mario Ruiz/Efe
Policiais e bombeiros participam dos trabalhos de resgate dos feridos pela bomba que explodiu perto da estação de metrô Escuela Militar, em Santiago| Foto: Mario Ruiz/Efe

Presidente Bachelet pede o "fim de silêncio" sobre desaparecidos na ditadura

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, pediu ontem aos tribunais de justiça mais rapidez na investigação sobre as violações dos direitos humanos cometidas durante a ditadura militar, e pediu o fim do silêncio das pessoas que sabem sobre o paradeiro de detidos e desaparecidos.

"É necessário que justiça seja feita — e que justiça seja feita logo. Para isso, é fundamental que os que tiverem informações relevantes, sejam civis ou militares, entreguem essas informações", disse Bachelet ao inaugurar um memorial em memória dos 380 funcionários públicos que foram assassinados após o golpe de Estado de 1973. "É o momento de pôr fim ao silêncio e à impunidade, é o momento de confraternizar na verdade."

Bachelet reconheceu que após quase 41 anos depois do golpe liderado pelo general Augusto Pinochet, a justiça avança para condenar os responsáveis de torturas e assassinatos, mas não faz isso no "ritmo que a sociedade e os familiares das vítimas" pedem.

O comandante-chefe do exército chileno, Humberto Oviedo, negou a existência de um "pacto de silêncio" institucional para ocultar informações sobre o paradeiro de desaparecidos.

Efe

  • Oficiais monitoram o local do atentado, no bairro de Las Condes
  • Área foi isolada, mas o metrô voltou a operar depois do ataque

A explosão de uma bomba num restaurante de fast-food próximo à estação de metrô Escuela Militar em Santiago, no Chile, deixou ontem pelo menos 14 pessoas feridas.

"Um artefato explosivo foi detonado às 14 horas [mesmo horário de Brasília] ao lado da estação de metrô e no momento as investigações estão sendo feitas para determinar a origem [da bomba]", afirmou Mario Rozas, chefe de comunicação da polícia.

O ataque ocorreu na hora do almoço na praça de alimentação de um shopping center pequeno, perto da entrada da estação Escuela Militar de metrô, que fica no bairro de Las Condes.

Duas pessoas ficaram gravemente feridas, afirmou um bombeiro, mas nenhuma delas corre risco de morte.

Mais tarde, as informações foram confirmadas pelo governo chileno, que chamou a explosão de atentado terrorista e prometeu levar à Justiça os responsáveis pelo ataque.

"Esse é um feito que tem todas as marcas de um ato terrorista", disse Alvaro Elizalde, ministro e porta-voz do governo. "Não há dúvidas. [O ataque] foi conduzido com a intenção de ferir pessoas inocentes. O governo deve acionar as leis antiterrorismo."

As leis normalmente garantem mais poderes aos promotores e permitem sentenças mais severas. O ministro do Interior, Mahmud Aleuy, disse que a polícia acreditava que dois suspeitos armaram o dispositivo explosivo e fugiram em um carro.

Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado. "Eu estava almoçando, ouvi o barulho e saímos para ver e havia muita fumaça, pessoas correndo e gritando", disse Joanna Magneti, que trabalha no shopping. "Um rapaz estava muito ferido e uma mulher tinha ferimentos na mão", afirmou.

Membros do Grupo de Operações Especiais (Gope) da polícia chegaram ao local para fazer a perícia e determinar a composição e as características da bomba. "Há um grande número de policiais tentando localizar pessoas que possam estar envolvidas no incidente", declarou à imprensa o coronel Mario Rozas.

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