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Iemenitas retiram corpos das vítimas de uma explosão numa fábrica de munições no sul do país. Ainda não se sabe o que causou a tragédia | AFP
Iemenitas retiram corpos das vítimas de uma explosão numa fábrica de munições no sul do país. Ainda não se sabe o que causou a tragédia| Foto: AFP

São Paulo - Uma explosão numa fábrica de armamentos invadida por residentes no sul do Iêmen deixou entre 78 e 110 mortos ontem, segundo fontes conflitantes, agravando os temores sobre deterioração da segurança no país.

O aparente acidente ocorreu em Jaar, onde surgiram relatos de testemunhas locais sobre uma suposta tomada da cidade por militantes da Al Qaeda na península Arábica, que tem no Iêmen o seu principal bastião.

O episódio sucede ainda semanas de crescente instabilidade política no país, em que opositores têm ido para as ruas das maiores cidades para pedir a saída do ditador Ali Abdullah Saleh, que já está há 32 anos no cargo.

Um empregado da fábrica –que produz fuzis Kalashnikov, munições e explosivo usado para abrir estradas – afirmou que o local inicialmente foi saqueado por militantes terroristas após a investida contra o governo. Logo depois, residentes entraram no local para pegar objetos de valor que ficaram para trás. A explosão foi provavelmente causada por um cigarro que entrou em contato com material inflamável.

Embora o número de vítimas tenha sido estimado entre 78 e 110, os médicos locais dizem ser impossível ter certeza do total de mortos devido à incineração da fábrica.

O episódio levanta dúvidas so­­bre o controle que Saleh ainda mantém de regiões inteiras do país e suspeitas de que o enfraquecimento do ditador esteja favorecendo o avanço da rede terrorista.

Estados Unidos, aliados e a vizinha Arábia Saudita temem que a eventual deposição de Saleh piore ainda mais a situação.

A Al-Qaeda no Iêmen foi responsável por treinar o autor de um atentado fracassado contra um avião nos EUA no Natal de 2009 e por duas bombas achadas em aviões de carga no ano passado.

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