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Curdos enfrentam a polícia turca em protesto contra extremistas em Sanliurfa, na Turquia | Sedat Suna/Efe
Curdos enfrentam a polícia turca em protesto contra extremistas em Sanliurfa, na Turquia| Foto: Sedat Suna/Efe

412 pessoas morreram desde o início da ofensiva do Estado Islâmico sobre Kobane, há 20 dias, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Do total, ao menos 20 são civis. Quatro deles foram decapitados pelos radicais. Centenas de curdos turcos viajaram para a Síria para defender Kobane. Mas pelo menos 180 mil sírios fugiram para a Turquia, que abriga hoje 2 milhões de refugiados.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse que a cidade síria de Kobane, que faz fronteira com a Turquia, está para cair nas mãos dos militantes do grupo Estado Islâmico (EI).

As declarações foram feitas ontem durante discurso aos refugiados sírios num campo na província de Gaziantep, que fica perto da fronteira com a Síria. Segundo Erdogan, bombardeios aéreos sozinhos podem não ser suficientes para conter o grupo. Ele pediu apoio das forças de oposição. "Tem de haver cooperação com aqueles que estão lutando em solo", disse o presidente.

Dias atrás, a Turquia afirmou que não permitiria a tomada de Kobane pelos extremistas. A cidade também é chamada em árabe de Ayn al-Arab. O local está sob cerco dos militantes há quase três semanas. Ontem, aviões atacaram posições do grupo.

Ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA não conseguiram conter o avanço do EI na direção do centro da cidade, que já teve cerca de 400 mil habitantes, a maioria formada por curdos.

Kobane se tornou um pon­­to crítico no embate dos EUA contra o EI, que tem explorado a instabilidade política e as tensões sectárias na Síria e no Iraque para tomar territórios. Se Kobane cair, a segurança das regiões de maioria curda, que há tempos desfrutam de autonomia dos governos do Iraque e da Síria, pode ser ameaçada.

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