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Patricia da Silva Armani, prima de Jean Charles de Menezes, o brasileiro assassinado por erro pela polícia britânica em 2005, acusou nesta sexta-feira (11) as autoridades policiais de "desligar-se do assassinato", depois de saberem que pelo menos 11 envolvidos em sua morte não sofrerão punições disciplinares.

"É uma paródia da justiça e outra bofetada no rosto de nossa família. As vidas dos policiais prosseguem normalmente, enquanto nós vivemos em meio a uma confusão, lutando por obter as respostas e a justiça que merecemos", afirmou.

Segundo a Comissão Independente de Queixas da Polícia (IPCC), até o momento não foi tomada nenhuma decisão sobre os quatro envolvidos de mais alto escalão.

Jean Charles foi baleado na cabeça na estação do metrô de Stockwell, no sul de Londres, no dia 22 de julho de 2005, um dia depois de uma tentativa terrorista de repetir os sangrentos ataques suicidas com bombas praticados duas semanas antes na capital britânica, quando quatro islamitas atacaram três estações de trem e uma de ônibus, o que causou a morte de 52 pessoas e dos próprios autores.

A Polícia Metropolitana de Londres está sendo processada pela Procuradoria-Geral do Estado por quebra presumível de segurança, embora nenhum policial esteja submetido a processo pela controvertida morte de Jean Charles.

Em julho do ano passado, o Ministério Público decidiu que nenhum agente seria processado criminalmente pelo incidente. Agora, o IPCC anunciou que eles não serão submetidos a um tribunal próprio para policiais.

Nick Hardwick, presidente do IPCC, disse ter concluído que não havia "perspectiva realista de acusações disciplinares serem sustentadas contra qualquer dos oficiais com armas de fogo ou de vigilância envolvidos".

O IPCC disse que em sua investigação sobre quatro outros comandantes e assessores táticos ligados à operação vai aguardar o resultado de um processo judicial coletivo com início em outubro, no qual a Polícia Metropolitana de Londres é ré sob leis de saúde e segurança.

A Polícia Metropolitana (Scotland Yard) pediu desculpas pelo assassinato.

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