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O presidente Barack Obama participa de reunião com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em Pretória neste sábado, na África do Sul | REUTERS/Jason Reed
O presidente Barack Obama participa de reunião com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em Pretória neste sábado, na África do Sul| Foto: REUTERS/Jason Reed

Mandela segue em estado crítico mas estável, segundo presidente sul-africano

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, de 94 anos, segue em estado "crítico mas estável", anunciou neste sábado o atual chefe de Estado da África do Sul, Jacob Zuma. "Nada mudou até o momento, mas esperamos que melhore", disse Zuma em entrevista coletiva concedida em Pretória ao lado do presidente americano, Barack Obama.

"Esperamos que muito em breve saia do hospital", acrescentou Zuma. Mandela completa neste sábado (29) seu sétimo dia em estado crítico em um hospital de Pretória.

Madiba -como o ex-presidente é conhecido em seu país- foi internado em 8 de junho em estado "grave mas estável" por uma recaída de uma infecção pulmonar. Seu estado passou de "grave" a "crítico" no domingo passado, e apesar da melhora dos últimos dias, sua situação não mudou desde então.

"Todo mundo deseja o melhor e uma rápida recuperação a Mandela, e os médicos que o atendem fazem todo possível e são excelentes profissionais", disse Zuma, que lembrou também todas as "orações" pela saúde de Madiba que chegam da África do Sul e de outros países.

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama e a primeira-dama Michelle Obama se reunirão no sábado (29) com a família do herói anti-apartheid Nelson Mandela, mas não o visitarão no hospital, onde o presidente sul-africano está em estado crítico, informou a Casa Branca. Obama está na África do Sul na segunda parada de uma visita a três países africanos. Sua viagem tem suscitado intensa especulação de que o primeiro presidente negro dos EUA poderia visitar Mandela, de 94 anos, no hospital de Pretória onde ele entrou há três semanas com uma infecção pulmonar.

"Por respeito à paz e ao conforto de Nelson Mandela e aos desejos da família, não o visitarão no hospital", disse a Casa Branca em um comunicado. Os Obama se reunirão em particular com os membros da família Mandela "para oferecer aos seus pensamentos e orações neste momento difícil", acrescentou o comunicado.

Desde que começou a sua visita africano no Senegal na quinta-feira, Obama prestou homenagem a um homem admirado em todo o mundo como símbolo da luta contra a injustiça e a reconciliação racial pela forma como ele conduziu a África do Sul, depois de séculos de mandato de uma minoria branca.

O presidente dos EUA disse que Mandela foi um "herói pessoal" e no domingo está programado para visitar a prisão em Robben Island, onde o primeiro presidente negro da África do Sul passou 18 dos seus 27 anos de cárcere.

Inspiração

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama afirmou neste sábado que a força moral de Nelson Mandela, hospitalizado em estado crítico, é uma "inspiração para o mundo". "É uma inspiração pessoal e uma inspiração para o mundo", disse Obama em uma coletiva de imprensa ao lado do presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

Obama iniciou sua visita de dois dias pelo país, que acompanha com expectativa as notícias sobre a saúde de Mandela. O ex-presidente da África do Sul está internado há sete dias por problemas respiratórios.

O presidente americano elogiou "a coragem moral de Madiba -como Mandela é conhecido na África do Sul- e "a histórica transição para a liberdade e a democracia" liderada por ele. "Continua sendo um exemplo em muitas regiões divididas por conflitos, disputas sectárias, religiosas e guerras étnicas", acrescentou Obama, antes de afirmar que os pensamentos dos americanos estão com a família de Mandela.

O líder americano lembrou que visitará amanhã a célebre Ilha de Robben, na Cidade do Cabo, onde Mandela ficou preso durante 18 anos. Obama lembrou que já esteve antes na ilha e frisou que desta vez terá a ocasião de visitar o lugar com suas filhas para "ensinar" a elas o que o local representa. "O poder dos princípios e as pessoas que defendem o que é correto seguem brilhando como um farol", afirmou o líder americano.

Por sua parte, o presidente Zuma lembrou a Obama a "relação histórica" que os une a Mandela, como "primeiros presidentes negros de seus respectivos países".

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