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Agricultores franceses bloqueiam a rodovia A9 durante uma manifestação em Nimes, região da Occitânia, no sul da França
Agricultores franceses bloqueiam a rodovia A9 durante uma manifestação em Nimes, região da Occitânia, no sul da França| Foto: EFE/EPA/GUILLAUME HORCAJUELO

O presidente do sindicato agrícola Federação Nacional dos Sindicatos dos Agricultores (FNSA) da França, Arnaud Rousseau, anunciou nesta quarta-feira (24) que os protestos de fazendeiros podem se intensificar nesta semana pelo país, resultando em diversos bloqueios nas principais estradas que dão acesso a Paris.

Rousseau foi questionado sobre a possibilidade das manifestações afetarem a capital, durante uma entrevista à televisão francesa, ocasião na qual disse que "não descarta nenhuma opção".

Os agricultores franceses iniciaram protestos nos últimos dias exigindo melhores condições de trabalho e de vida no campo, diante de uma série de demandas da categoria, entre elas estão algumas urgentes, como o alto preço do diesel não rodoviário (combustível obrigatório de máquinas agrícolas na França), a competição com importações baratas, a política de baixos preços para o consumidor final imposta pelo governo de Emmanuel Macron e as políticas ambientais do acordo verde da União Europeia, que impõe cada vez mais regras à produção agrícola. O país é o que mais produz no campo dentro da UE.

No último dia 16, milhares de manifestantes jogaram pilhas de esterco e frutas podres na frente de prédios públicos da cidade de Toulouse, localizada no sudoeste do país. Colocando nas ruas cerca de 400 tratores, os produtores rurais manifestaram sua indignação pela cidade contra o aumento dos impostos e encargos sociais, que afirmam ser prejudiciais para o setor. Também bloquearam estradas pelo país em tom de insatisfação com o governo.

A França, liderada pelo presidente Emmanuel Macron, tem sido um dos principais países europeus que defendem a imposição das políticas ambientais da UE, que está forçando os Estados-membros do bloco a criar normas para cumprir uma meta de redução de carbono até 2030 e desenvolver outras políticas "verdes" que estão, em sua maioria, resultando em taxas consideradas como abusivas pelos produtores rurais e no aumento dos custos de produção.

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