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Nikolas Cruz, suspeito de ter matado 17 pessoas em escola na Flórida, foi detido pela polícia local logo após o ataque na tarde desta quarta-feira (14) | MIGUEL GUTTIEREZAFP
Nikolas Cruz, suspeito de ter matado 17 pessoas em escola na Flórida, foi detido pela polícia local logo após o ataque na tarde desta quarta-feira (14)| Foto: MIGUEL GUTTIEREZAFP

O FBI havia sido alertado sobre uma possível ameaça de um tiroteio em escola em setembro do ano passado, segundo a imprensa americana.

Nikolas Cruz, suspeito de matar 17 pessoas em uma escola na Flórida nesta quarta-feira (14), havia deixado um comentário em um vídeo no Youtube dizendo: “Serei um atirador profissional de escolas”.

Um usuário do site alertou as autoridades sobre a postagem.

O FBI declarou que chegou a investigar o comentário, mas não conseguiu identificar com certeza o autor que assinava como Nikolas Cruz.

O órfão de 19 anos e com um passado problemático comprou legalmente a arma usada no ataque, um rifle AR-15, há cerca de um ano, segundo disseram agentes de segurança à agência Associated Press. Ele foi acusado formalmente nesta quinta-feira (15) pelo homicídio premeditado de 17 pessoas neste que foi o pior massacre em escolas dos Estados Unidos nos últimos cinco anos.

O procurador-geral americano, Jeff Sessions, quer que o Departamento de Justiça estude as relações entre doenças mentais e a violência com armas para melhor entender como tornar as leis mais eficientes para evitar esse tipo de episódio. "Não se pode negar que algo perigoso e nada saudável acontece em nosso país", afirmou Sessions a um grupo de xerifes em Washington.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que as autoridades do governo federal dos Estados Unidos vão trabalhar com funcionários locais para investigar o tiroteio. Em um curto discurso à nação, televisionado pelas principais redes de TV do país, ele prometeu que sua administração ajudaria a lidar com “a difícil questão da saúde mental" e disse que a melhoria da segurança nas escolas seria a pauta principal da reunião que terá com os governadores no final do mês. No entanto, leis para o controle de armas ficaram de fora do discurso do presidente americano.

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Vítimas

Nesta quinta-feira, 14 sobreviventes ainda estavam hospitalizados. Entre os mortos estavam o diretor de atletismo da escola e outro adulto, ainda não identificado, que era monitor na escola. As autoridades disseram que eles foram heróis no episódio.

Trata-se do caso mais mortífero em uma escola dos EUA desde o ocorrido há cinco anos em Newtown, Connecticut. O grupo Everytown For Gun Safety já contabilizou 290 ataques com armas em escolas nos EUA desde 2003, sendo 18 apenas neste ano.

As autoridades até agora não citaram um motivo possível para o ataque, exceto que ele havia sido expulso do colégio, que tem cerca de 3 mil estudantes. Os colegas disseram saber que ele era um adolescente instável, cujo comportamento estranho havia afastado amizades. O suspeito foi detido sem confronto, cerca de uma hora após o ataque, em um bairro cerca de 1 quilômetro distante da escola. Ele tinha ainda muita munição, disseram autoridades.

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