O ex-presidente de governo espanhol, Felipe González, voltou a criticar a deterioração da democracia e dos direitos humanos na Venezuela. O socialista voltou a se reunir com Lilian Tintori, mulher do condenado líder opositor Leopoldo López, e condenou o aumento na repressão aos críticos do governo, comparando-o à ditadura militar chilena de Augusto Pinochet.

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“Visitei dois condenados pela ditadura, que saíram depois em pleno estado de sítio no Chile. Mas aquele estado de sítio respeitava mais os direitos humanos que o paraíso de prosperidade e paz de Nicolás Maduro”, criticou. “Eu tinha todas as diferenças do mundo com Hugo Chávez, mas ele nunca teve medo de ser confrontado eleitoralmente.”

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A medida do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), porém, não satisfaz pedidos da oposição e de alguns países, que consideram missões de acompanhamento insuficientes

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Para González, que se ofereceu para ajudar na defesa de López e outros opositores — mas foi impedido e considerado persona non grata —, o líder do Vontade Popular não cometeu qualquer delito. Segundo o espanhol, o Judiciário venezuelano tem sido atrelado diretamente ao Executivo.

“O julgamento de López burlou todas as garantias legais, e mostra que o regime de Maduro é arbitrário e tirânico, traindo a democracia”, denunciou.

Após a condenação de López a quase 14 anos de prisão por suposta incitação a protestos violentos durante o início de 2014, Tintori voltou a fazer turnês mundiais para denunciar o governo venezuelano e exigir a libertação do marido. Em Madri, ela voltou a ser recebida pelo presidente de governo, Mariano Rajoy, outro líder espanhol rompido com Maduro.