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Presidente argentino disse que abono de 60 mil pesos para os funcionários públicos, que a prefeitura de Buenos Aires e 11 províncias disseram que não vão pagar, representa “justiça”
Presidente argentino disse que abono de 60 mil pesos para os funcionários públicos, que a prefeitura de Buenos Aires e 11 províncias disseram que não vão pagar, representa “justiça”| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, criticou nesta quarta-feira (30) os governadores que disseram que não vão pagar o abono de 60 mil pesos (cerca de R$ 840) aos funcionários públicos.

O pagamento faz parte de um plano anunciado no domingo (27) pelo ministro da Economia e pré-candidato peronista à presidência, Sergio Massa, para tentar aliviar os impactos da desvalorização de 22% do peso no poder de compra, medida promovida pela gestão Fernández no último dia 14, após a vitória do libertário Javier Milei nas primárias presidenciais argentinas.

A prefeitura de Buenos Aires e os governos de 11 províncias anunciaram que não farão os pagamentos e que manterão acordos salariais estabelecidos com os servidores antes da apresentação do plano de Massa.

Em discurso na província de Catamarca, Fernández ironizou: “Me chama a atenção que Catamarca e La Rioja possam pagar o abono e a cidade mais rica do país tenha dificuldades para fazê-lo”, numa alfinetada direcionada ao prefeito de Buenos Aires, o oposicionista Horacio Rodríguez Larreta.

“E isto, para que ninguém se confunda, não é o ‘plano platita’ [apelido dado pela oposição ao pacote], é o ‘plano justiça’, [para] que aqueles que têm mais distribuam melhor. Não é outra coisa”, disse o presidente argentino.

O plano de Massa também prevê o abono de 60 mil pesos para funcionários do setor privado que ganhem até 400 mil pesos (R$ 5,6 mil) em duas parcelas mensais, que teriam o custo assumido pelo Estado a partir de incentivos fiscais.

Fernández também se dirigiu aos empresários no discurso em Catamarca. “Pensem na comunidade onde vivem e parem de pensar no seu bolso. Com isso, estamos fazendo um pouco de justiça”, afirmou.

Fernández, que decidiu não concorrer a um segundo mandato na eleição presidencial de outubro, deve deixar a Casa Rosada em dezembro com a Argentina enfrentando uma recessão de 2,5%, segundo estimativa divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no final de julho, e uma inflação de 170%, de acordo com projeções de analistas privados argentinos.

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