Presidente argentino escreveu no Twitter que “uma pessoa inocente foi condenada”| Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda
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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou nesta terça-feira (6) que “uma pessoa inocente foi condenada”, após a divulgação da sentença de seis anos de prisão e inabilitação para exercer cargos públicos contra a vice-presidente do país, Cristina Kirchner.

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“Hoje, na Argentina, uma pessoa inocente foi condenada. Alguém que os poderes jurídicos tentam estigmatizar através de juízes complacentes que passeiam por aí em aviões privados e mansões de luxo nos fins de semana”, escreveu o presidente na sua conta do Twitter.

Fernández se referiu assim ao anúncio que fez na segunda-feira (5) de que pediria à Justiça para investigar empresários, juízes, procuradores e ex-funcionários públicos por supostamente fazerem parte de um esquema de corrupção.

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O mandatário argumentou na sua mensagem que a condenação da também ex-presidente (2007-2015) “é o resultado de um julgamento em que as formas mínimas de um processo justo não foram tratadas”, começando com “o princípio de não julgar duas vezes o mesmo ato”.

Fernández expressou a sua solidariedade com a vice-presidente “sabendo que ela é vítima de uma perseguição absolutamente injusta”.

A vice-presidente foi condenada nesta terça-feira a seis anos de prisão e inabilitação perpétua de exercer cargos públicos em julgamento por irregularidades na licitação de obras rodoviárias durante os seus dois mandatos como presidente (2007-2015).

No Brasil, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também usou o Twitter para criticar o veredicto da Justiça argentina. “Todo apoio à companheira Cristina Kirchner, vítima de perseguição e politização do Judiciário. O PT está ao seu lado, força, a verdade vencerá!”, escreveu.

O ditador de Cuba, Miguel Diaz-Canel, também se pronunciou. “Reiteramos nosso repúdio a processos judiciais de motivação política e reafirmamos todo nosso apoio e solidariedade a Cristina Kirchner contra o assédio judicial e da mídia contra ela”, afirmou.

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O ex-presidente boliviano Evo Morales se somou às críticas. “Nosso mais veemente repúdio e condenação ao golpe judicial e fraudulento que tenta truncar os direitos políticos de nossa irmã Cristina Kirchner. Depois de fracassar na tentativa de assassiná-la, hoje tentam eliminá-la politicamente. Força, irmã Cristina, a luta continua!”, escreveu.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]