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Fidel diz que deixou a liderança do Partido Comunista em 2006 | Cubadebate.cu / AFP Photo
Fidel diz que deixou a liderança do Partido Comunista em 2006| Foto: Cubadebate.cu / AFP Photo

O líder cubano Fidel Castro disse na quarta-feira que o fundador do WikiLeaks colocou os Estados Unidos "de joelhos" ao vazar documentos diplomáticos.

Fidel afirmou que a decisão do australiano Julian Assange de divulgar cerca de 250 mil comunicações diplomáticas norte-americanas foi um "desafio audaz" aos Estados Unidos, seu arqui-inimigo ideológico desde a revolução que o levou ao poder em 1959.

"Julian Assange, um homem que há vários meses muito poucos conheciam no mundo, está demonstrando que o mais poderoso império que já existiu na história pode ser desafiado", disse Fidel em um texto divulgado por sites e jornais oficiais.

"Não se conhecem...as motivações que o conduziram ao contundente golpe que desferiu contra o império. Só se sabe que moralmente ele o pôs de joelhos", acrescentou.

Fidel Castro criticou, no entanto, a decisão de Assange de entregar os documentos a "cinco grandes transnacionais da informação", como El País e o Der Spiegel, descritas por ele como "extremamente mercenárias, reacionárias e pró-fascistas".

O ex-presidente cubano não menciona os relatórios divulgados pelo WikiLeaks sobre Cuba, nos quais diplomatas norte-americanos dizem, por exemplo, que a economia socialista da ilha está à beira do colapso.

Assange, de 39 anos, está detido desde a semana passada na Grã-Bretanha cumprindo uma ordem de prisão da Suécia, onde é acusado por crimes sexuais. Um juiz lhe concedeu a liberdade sob fiança, mas a promotoria recorreu da decisão e uma corte britânica decidirá na quinta-feira se liberta ou não o fundador do WikiLeaks.

"Sobre o governo direitista sueco e a máfia aguerrida da Otan cairá a responsabilidade de que se possa conhecer ou não a verdade sobre a cínica política dos Estados Unidos e de seus aliados", escreveu Fidel.

O líder cubano de 84 anos está afastado do poder desde que adoeceu, em meados de 2006. Atualmente, dedica-se a escrever artigos sobre temas internacionais na Internet e assessora seu irmão, o presidente Raúl Castro.

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