Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi indiciado nesta quinta-feira (14) por três crimes relacionados à posse de uma arma de fogo adquirida de forma ilegal.
Com as acusações, Hunter se tornou o primeiro filho de um presidente americano no cargo a ser indiciado por um crime nos Estados Unidos. O Departamento de Justiça dos EUA indicou que, caso seja condenado nas três acusações, Hunter poderá receber até 25 anos de prisão.
As acusações contra Hunter Biden foram formalizadas pela promotoria perante o Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Delaware. Elas sustentam que o filho do presidente teria enganado um vendedor de armas nos EUA no ato da compra de um revólver.
De acordo com a acusação, Hunter teria fornecido para o vendedor um certificado falso, no qual dizia não ser usuário de drogas. No entanto, os promotores afirmam que, na época da compra da arma, Hunter era usuário de drogas ilícitas, e portanto, não poderia possuir armas de fogo.
O anúncio das acusações contra Hunter ocorre apenas dois dias após os republicanos na Câmara dos Representantes terem iniciado um inquérito de impeachment contra o seu pai, o presidente Joe Biden. A investigação está relacionada aos negócios de Hunter Biden no exterior.
A Casa Branca denunciou a iniciativa republicana como “infundada e politicamente motivada”, já que foi realizada “sem um voto da Câmara completa”.
As novas acusações contra Hunter Biden foram apresentadas pelo promotor especial David Weiss. Hunter também está sendo investigado por possíveis irregularidades fiscais e Weiss já indicou que, caso haja provas o suficiente, vai acusar o filho do presidente por crimes fiscais no Distrito de Columbia ou no Distrito Central da Califórnia.
Um acordo anterior, no qual Hunter Biden se declararia culpado de duas acusações de evasão fiscal e concordado em participar de um programa de reabilitação ou serviço comunitário para evitar acusações relacionadas à arma, não foi referendado pela Justiça durante uma audiência em julho.
Nenhum advogado de Hunter se pronunciou até o momento sobre a acusação.
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