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Tanque das forças armadas de Kadafi circula em subúrbio de Trípoli | Chris Helgren/Reuters
Tanque das forças armadas de Kadafi circula em subúrbio de Trípoli| Foto: Chris Helgren/Reuters

Embaixadora do Brasil desconsidera ação militar

Ao deixar a presidência do Conselho de Segurança da ONU, a embaixadora do Brasil, Maria Luiza Ribeiro Viotti, afirmou hoje que o emprego de novas medidas, inclusive militares, contra o governo da Líbia não está no horizonte da entidade.

"Não há discussão real sobre isso. O Conselho está focado na implementação da resolução aprovada na semana passada. Demos um sinal muito forte de que não se admite violência nessa escala contra civis", afirmou.

Satisfeita com a votação unânime da resolução que impôs sanções a Muamar Kadafi, decretou o embargo de armas e remeteu a denúncia ao Tribunal Penal Internacional, a embaixadora admite que seria muito mais difícil obter consenso para uma ação militar.

Sobre a eficácia das medidas, explicou que elas são dirigidas, "às pessoas que estão no círculo mais próximo de poder de Ka­­dafi".

Londres - Seif al-Islam Kadafi, filho do líder líbio Muamar Kadafi, negou que o governo de seu pai tenha atacado civis. A declaração foi fei­­ta ontem durante uma entrevista à emissora britânica Sky News. "Dê-me apenas uma única evidência", disse o filho de Ka­­dafi, dizendo aos jornalistas que eles estavam livres para ir a qualquer lugar do país.

Indagado se ele categoricamente negava que o regime ha­­via atacado seu próprio povo com aviões, ele disse "sim, nós negamos isso". "Estamos prontos para qualquer missão de investigação de qualquer país do mundo. Agora, temos centenas de re­­pórteres. Eles podem ir onde qui­­serem, reu­­nirem-se com quem quiserem. Dê-me apenas uma única evidência", disse ele.

Seif também negou a informação de que o governo havia perdido o controle no leste da Lí­­bia, mas admitiu que não existe mais um exército organizado na re­­gião. "Há um problema no leste, te­­mos de admitir. Mas o leste corresponde a apenas 20% do país. O restante está ok", disse ele.

"Há alguns grupos terroristas, poucos, em duas cidades. Eles querem criar seus próprios Esta­­dos. Eles têm um canal de rádio e uma pequena milícia, mas não é nada importante." E afirmou: "O restante da população, os dois mi­­lhões de pessoas aqui [em Trípoli], não estão com eles".

O filho de Kadafi acrescentou que "não temos a intenção de ser uma família governante. Eu disse isso muitas, muitas vezes an­­tes, nos últimos dez anos. Pre­­cisamos da democracia na Líbia. Mas precisamos começar com leis, Cons­­tituição, governos lo­­cais, eleição".

"Agora, a prioridade é restaurar a paz e a harmonia", afirmou. "No momento, ninguém está fa­­lando sobre mudança de regime porque isso não é prioridade para ninguém."

As forças de Kadafi mantêm o controle de Trípoli e Syrte e combatem em várias outras cidades. Os mais importantes centros do leste do país estão nas mãos dos rebeldes.

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