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Com a finalização do maior acelerador de partículas do mundo se aproximando, cientistas já estão planejando a próxima grande máquina de aceleração de partículas.

O Grande Colisor de Hádrons, um projeto de 13 anos, deverá ficar pronto em agosto e começar a operar em baixo nível de energia até o fim do ano na fronteira franco-suíça, disse Philip Bryant, cientista do Cern, a Organização Européia para Pesquisa Nuclear.

"Até meados de 2008, deveremos começar a fazer física", disse Bryant na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), em San Francisco.

O imenso túnel circular -- com 27 km de circunferência -- foi projetado para colidir prótons a velocidades extremamente altas, tentando reproduzir em miniatura os eventos do Big Bang.

Físicos esperam que o colisor de partículas, conhecido pela sigla inglesa LHC, vá responder a perguntas cruciais sobre a forma pela qual a matéria foi criada e o que dá massa à matéria.

Próximo avanço

Mas mesmo antes de começar a colisão de prótons, físicos estão sonhando com a próxima grande máquina: o Colisor Linear Internacional, que dará aos cientistas uma ferramenta mais refinada para explorar os mistérios do universo.

"Ele não terá mais potência do que o LHC, mas sim mais precisão", disse Jonathan Bagger, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.

O Colisor Linear Internacional consistirá de dois aceleradores de 20 km alinhados face a face, que trombarão cerca de 10 bilhões de elétrons e suas antipartículas, os posítrons, a velocidades próximas à da luz.

O novo colisor eliminará o desperdício de energia dos aceleradores circulares, permitindo que os físicos observem novas partículas com detalhes nunca vistos. A colisão de feixes criará uma variedade de novas partículas. Bagger disse que está ansioso por descobrir o conhecimento que virá da "máquina de feixes claros e precisos".

O Colisor Linear Internacional, proposto por físicos da Europa, Ásia e Américas, ainda está no estágio de planejamento e não tem um lugar determinado. O custo do projeto foi estimado em 7 bilhões de dólares e a verba está longe de ser alcançada, mas se o financiamento se materializar, o primeiro colisor de partículas mundial ficará pronto em 2012.

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