Estado da Flórida quer aprovar lei pró-vida semelhante a do Texas.| Foto: NiroDesign/Bigstock
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O Congresso da Flórida disse nesta quinta-feira (2) que vai apresentar uma iniciativa contra o aborto semelhante à lei que entrou em vigor na última terça-feira no Texas, que proíbe a prática a partir de seis semanas de gestação.

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Parlamentares das duas casas do Legislativo - controladas pelo Partido Republicano, assim como no caso do Texas - anunciaram hoje a intenção de apresentar um projeto de lei semelhante ao do outro estado americano, que praticamente proíbe por completo o aborto.

O presidente do Senado da Flórida, Wilton Simpson, afirmou que já estão trabalhando em um projeto de lei semelhante.

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"Não há dúvida" de que a Flórida vai considerar um projeto de lei sobre o aborto como o do Texas, afirmou Simpson ao canal de televisão "WFLA Channel 8".

Anthony Sabatini, membro da Câmara dos Representantes do estado e que no passado apresentou iniciativas semelhantes sem sucesso, falou na mesma linha.

"É hora de começar a salvar a vida de crianças inocentes em gestação na Flórida", disse Sabatini à rede "ABC".

A nova lei do Texas proíbe o aborto a partir de seis semanas de gestação, quando o batimento cardíaco fetal pode ser detectado e muitas mulheres ainda não sabem que estão grávidas, e não prevê exceções em casos de incesto ou estupro.

Além disso, permite que indivíduos ajuízem ações civis contra qualquer pessoa que ajude uma mulher grávida a fazer um aborto em violação à proibição.

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Enquanto isso, Simpson ficou satisfeito com o fato de a Suprema Corte dos EUA, que tem uma forte maioria conservadora, ter decidido ontem que não bloqueará a lei no Texas.

"A lei do Texas representa uma nova abordagem e o fato de que a Suprema Corte não a impediu de entrar em vigor é encorajador", disse Simpson.

Entretanto, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou hoje a mobilização de todos os recursos possíveis do governo nacional para "garantir que as mulheres no Texas façam abortos seguros e legais", já que ele considera a nova norma estadual "uma agressão" aos direitos das mulheres.

O aborto foi reconhecido nos Estados Unidos com a decisão da Suprema Corte de 1973 no caso Roe v. Wade, que estabeleceu que uma mulher pode interromper sua gravidez durante os primeiros seis meses de gestação.