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| Foto: Larry Downing/Reuters

São Paulo - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse ontem que as tropas leais ao líder líbio Muamar Kadafi podem ter usado bombas de fragmentação contra civis.

À noite, soldados do governo líbio bombardearam a cidade de Misurata, controlada pelos rebeldes, onde centenas de pessoas morreram com o cerco imposto após os protestos pró-democracia.

"As tropas do coronel Kadafi continuam com seus ataques brutais, incluindo o cerco a Misurata. Há até mesmo relatos de que as forças de Kadafi podem ter usado bombas de fragmentação contra sua própria população", disse Hillary.

Uma autoridade do Departamento do Estado citou comentários feitos pela alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, e um relatório do grupo Human Rights Watch, dizendo que as forças de Kadafi haviam usado munições de fragmentação. O Pentágono não comentou de imediato as declarações de Hillary.

Tanto a secretária de Estado como o ministro das Relações Exteriores holandês, Uri Rosenthal, em visita aos EUA, disseram numa entrevista coletiva que o ditador líbio precisa deixar o poder.

"O coronel Kadafi e seu regime de fato perderam toda a legitimidade e ele precisa renunciar. Quanto mais rápido, melhor", afirmou Rosenthal.

Depois das revoluções no Egito e na Tunísia, os líderes do Ocidente esperavam que Kadafi também fosse derrubado em pouco tempo, especialmente depois dos ataques aéreos da Otan, mas o líder líbio resistiu.

Paciência

Hillary disse que "publicamente e em particular aconselhou por algum grau de paciência" e salientou que o bombardeio ocidental contra os alvos na Sérvia durou 78 dias.

"Misurata é uma batalha urbana brutal que está acontecendo agora onde o regime de Kadafi tem promovido atividades deploráveis, que alvejam diretamente os civis", disse. "Mas os combatentes da oposição estão se defendendo contra esse ataque violento."

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