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Rebeldes e forças favoráveis ao regime de Muamar Kadafi entraram em confronto nesta madrugada na Líbia, na estratégica cidade de Zawiya, 50 quilômetros a oeste de Trípoli, informa nesta terça-feira, em seu site, a rede Al-Jazira. A emissora do Catar cita testemunhas segundo as quais houve seis horas de confronto, quando forças leais ao governo tentaram retomar a cidade.

Segundo as testemunhas, os rebeldes conseguiram rechaçar a tentativa de avanço das forças oficiais. "Nós não vamos desistir de Zawiya de modo algum", afirmou hoje uma testemunha à Al-Jazira. Não há informações sobre mortos nessa cidade. Uma tentativa de retomada de Misrata também foi feita por forças oficiais na noite de ontem, igualmente sem sucesso, segundo testemunhas, informou a Associated Press. Misrata fica 200 quilômetros a leste de Trípoli. Os rebeldes incluem membros do Exército que desertaram. Eles estão armados com tanques, metralhadoras e armas que podem derrubar aviões, informa a Al-Jazira.

No poder há mais de quatro décadas, Kadafi perdeu o controle da parte leste do país, mas ainda controla Trípoli. Zawiya é vista como uma cidade crucial para uma eventual invasão rebelde para tomar a capital do país.

Hoje, a União Europeia (UE) afirmou que não tem planos no momento para coordenar uma ação militar na Líbia. Segundo um porta-voz da chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton, uma zona de exclusão aérea não está sendo discutida em Bruxelas. Essa restrição pode ser imposta pois aviões do regime têm disparado contra manifestantes, de acordo com testemunhas. Na segunda-feira a UE decidiu impor sanções contra o regime líbio, incluindo um embargo à venda de armas e o congelamento de ativos de 26 pessoas, incluindo Kadafi e sua família.

Uma porta-voz da chancelaria chinesa pediu hoje o fim da violência na Líbia. Pequim geralmente evita sancionar internacionalmente outros países, mas votou a favor de sanções no Conselho de Segurança (CS) contra a Líbia na semana passada.

Grupos pelos direitos humanos estimam que pelo menos mil pessoas já tenham morrido na violenta repressão aos protestos contra o governo na Líbia. Além disso, os distúrbios forçaram mais de cem mil pessoas fugirem de suas casas, criando um grande problema humanitário. Apesar da pressão internacional por sua renúncia, Kadafi se recusa a deixar o poder. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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