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Caixões são preparados para funeral de insurgentes que morreram após intenso confronto com forças do governo ucraniano | Yannis Behrakis/Reuters
Caixões são preparados para funeral de insurgentes que morreram após intenso confronto com forças do governo ucraniano| Foto: Yannis Behrakis/Reuters

Exterior

EUA manifestam preocupação com confrontos violentos

Agência Estado

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que os Estados Unidos estão preocupados com os novos sinais de violência e distúrbios causados por rebeldes na Ucrânia.

O presidente em exercício da Ucrânia, Oleksandr Turchynov, informou que 12 soldados morreram quando rebeldes derrubaram um helicóptero militar em Sloviansk usando um míssil de defesa portátil.

O porta-voz disse que os EUA não verificaram o que ocorreu. Mas declarou que Washington acredita que o fato que ocorreu ontem indica que separatistas continuam a ter acesso a armas avançadas e estão recebendo ajuda de fora da Ucrânia.

Carney também afirmou que é inaceitável que os insurgentes tenham detido quatro observadores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e pressionou os rebeldes a soltá-los imediatamente. Ele também pediu que a Rússia utilize a sua influência para convencer os rebeldes a se desarmarem e participarem do processo político na Ucrânia.

33 milicianos mortos durante a tentativa de tomar o aeroporto de Donetsk, na última terça-feira, são da Rússia. Até agora, os rebeldes haviam negado a presença de russos em seu grupo. Foram mortos cerca de 200 insurgentes. A chancelaria russa exigiu de Kiev "que cesse a guerra fratricida que está causando prejuízo e sofrimento entre a população civil ".

1.200 baixas foram sofridas pelas forças governamentais na ofensiva contra Slaviansk, segundo o prefeito popular do local. Oito helicópteros e 15 blindados foram usados no ataque. Kiev intensificou a ofensiva no leste de fala russa para pôr fim à resistência rebelde, em preparação para a posse do novo presidente, Petro Poroshenko, no dia 7 de junho.

  • Rebelde pró-Rússia vigia prédio administrativo em Donetsk

A ofensiva da Ucrânia com aviação e artilharia pesada contra as fortificações pró-russas sofreu ontem um duro revés com a derrubada de um helicóptero que transportava um general e 12 soldados. No mesmo dia, os rebeldes reconheceram pela primeira vez a presença russa em suas fileiras.

O helicóptero, que voava a baixa altura, foi derrubado com um projétil de bazuca perto de Slaviansk, o reduto insurgente na região de Donetsk (leste), e, de seus 14 tripulantes, só se salvou um soldado, que ficou gravemente ferido.

Entre as baixas está o general Sergei Kulchitski, chefe de instrução militar da Guarda Nacional, segundo reconheceu o presidente interino da Ucrânia, Alexander Turchinov.

"Tenho certeza de que as Forças Armadas e os órgãos de segurança levarão até o final a (operação de) limpeza dos terroristas, e todos os criminosos serão liquidados ou se sentarão no banco dos réus", ressaltou.

Ataques

De acordo com o Minis­tério do Interior ucraniano, o aparelho foi derrubado após transportar munição e alimentos a um posto de controle da Guarda Nacional, e quando levava de volta a sua base um destacamento de soldados após uma mudança de turno.

Durante todo o dia, aviões e peças de artilharia atacaram as fortificações rebeldes de Slaviansk e Kramatorsk, onde os combates foram retomados após a eleição no domingo de Petro Poroshenko como novo presidente ucraniano.

As autoridades desmentiram categoricamente o uso das plataformas de lançamento de mísseis Grad, como denunciaram esta manhã os milicianos.

Corredor humanitário

Ao mesmo tempo, em uma antecipação de suas intenções de lançar uma ofensiva militar massiva, os militares ucranianos anunciaram sua disposição de criar um corredor humanitário para facilitar a saída da população civil de Slaviansk.

"Nessa situação, as partes devem acertar a criação de um corredor para os refugiados. A direção da operação antiterrorista está disposta a agir para a evacuação dos civis pacíficos de Slaviansk", disse Vladislav Selezniov, por­ta-voz ucraniano.

A proibição de voar para Donetsk, epicentro da sublevação pró-russa, foi prolongada até o dia 2 de junho.

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