Uma mulher caminha por estabelecimentos fechados no distrito de Chaoyang, Pequim, China, 13 de junho de 2022| Foto: EFE/EPA/MARK R. CRISTINO
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Os mais de 10 milhões de recém-graduados chineses enfrentam a pior taxa de desemprego das últimas décadas, de 18,4%. O mercado de trabalho foi diretamente afetado pela pandemia de Covid-19, especialmente devido às severas regras de "lockdown" no país.

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As restrições na China reforçaram os problemas da economia, que já estava sendo afetada por uma uma desaceleração do mercado imobiliário, preocupações geopolíticas e repressão regulatória em tecnologia, educação e outros setores, conforme analisa a agência de notícias Reuters.

A incerteza em relação ao futuro dos jovens compromete a credibilidade do Partido Comunista da China, especialmente em um ano em que o ditador do país, Xi Jinping, precisa garantir um terceiro mandato de liderança.

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"O contrato social do governo com o povo era 'você fica fora da política e nós te garantimos que a cada ano você estará melhor'. Então, a preocupação é que, sem essa garantia, o que mais vai mudar?", comentou o professor de finanças da Universidade de Pequim, Michael Pettis, à agência.

De acordo com a empresa chinesa de recrutamento Randstad, o nível de empregos na China está mais baixo do que na crise de 2008/2009 e as novas contratações caíram de 20 a 30% em relação a 2021. Além disso, a expectativa é de que os salários tenham tido queda de 6,2%.

O primeiro-ministro, Li Keqiang, anunciou que estabilizar o mercado de trabalho para graduados é uma das principais prioridades do governo. As empresas que concederem vagas de estágio a recém-licenciados receberão subsídios, além de outras regalias destinadas a aumentar o emprego em geral.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]