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A Câmara dos Deputados da França aprovou nesta terça-feira um projeto de lei de combate ao terrorismo que, entre outros pontos, aumenta a vigilância nas ruas das cidades francesas e amplia o prazo de prisão temporária de pessoas acusadas de ligação com o terror.

Cerca de 373 deputados conservadores e de centro deram apoio ao projeto de lei contra 27 deputados de esquerda que se opuseram a medida, votada depois de atentados contra a capital da Grã-Bretanha em julho passado.

Os socialistas, que formam o maior partido oposicionista, abstiveram-se. O projeto de lei precisa agora ser aprovado pelo Senado, que deve debatê-lo na metade de janeiro, antes de poder virar lei.

O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, afirmou neste mês que a ameaça terrorista nunca tinha sido tão grande como agora no país. E o ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, disse ao Parlamento na semana passada: "A possibilidade de atos violentos serem cometidos em nosso solo é real."

Pelo projeto de lei, que deve ser aprovado facilmente no Senado, a polícia poderá manter detidos pessoas suspeitas de ligação com terrorismo por até seis dias sem a necessidade de apresentar acusações formais. Esse prazo é de quatro dias atualmente.

Outra medida prevista no projeto é a exigência de que os cafés que disponibilizam computadores com acesso à internet mantenham informações mais detalhadas sobre seus clientes.

A nova lei prevê também um uso mais disseminado de câmeras de segurança em aeroportos, estações de metrô e de trem, assim como em lojas e bancos.

Grupos de defesa dos direitos humanos e alguns deputados do oposicionista partido dos Verdes mostraram-se preocupados com a possibilidade de que as liberdades civis sejam violadas.

- Esse projeto de lei é perigoso e representa um ataque grave contra as liberdades públicas - afirmou Noel Mamere, dos Verdes.

Poucas horas antes de os deputados franceses votarem o projeto de lei, a polícia francesa prendeu seis supostos radicas islâmicos, entre eles o funcionário de uma prisão e um

micos, entre os quais o funcion rio de uma prisao e um capelão muçulmano que atendia prisioneiros.

Os detidos não são acusados de planejar um atentado, mas de terem visitado países "suspeitos" e de terem ligações com uma "ação terrorista", disse o gabinete do procurador-geral do país.

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