| Foto: Reprodução/Pixabay

No dia 1° de janeiro, passou a vigorar uma mudança na legislação francesa que trata da doação de órgãos após a morte. O Parlamento do país decidiu que, a partir de agora, o ato se torna automático, independentemente do desejo da família. As informações são da publicação britânica The Guardian.

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Antes da legislação entrar em vigor, cerca de um terço das famílias francesas não autorizava a retirada de órgãos de parentes mortos, ainda que pesquisas de opinião apontassem que cerca de 80% das pessoas gostaria que, após a morte, seus órgãos fossem destinados a quem precisasse.

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Segundo a deputada Michèle Delaunay, do Partido Socialista, muitas famílias que recusavam a doação o faziam devido ao choque da perda recente, mas acabavam se arrependendo da decisão mais tarde.

Agora, a doação só não ocorre se o cidadão tiver aderido a um cadastro nacional de recusa. Até o momento, 150 mil pessoas já assinaram o documento. Na União Europeia, Noruega e Turquia, são 86 mil pessoas que esperam por um transplante de órgãos, 19 mil delas só na França.

Embora a mudança na legislação francesa pareça benéfica, o texto encontrou desafetos na classe médica. De acordo com o jornal The Connexion, cerca de 270 médicos e enfermeiros já assinaram uma petição contra a decisão, alegando questões éticas e sob o pretexto de que a lei poderia prejudicar o relacionamento entre profissionais da saúde e parentes de pessoas que faleceram.

Como funciona no Brasil?

No Brasil, quando a morte encefálica de um paciente é diagnosticada, a família deve ser consultada e orientada por médicos a respeito do processo de doação de órgãos. Caso haja o aceite, é preciso assinar um termo por escrito, com a presença de testemunhas, que autoriza a retirada.

Segundo informações do Ministério da Saúde, porém, metade das famílias não permite a retirada de órgãos para a doação.

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Colaborou: Mariana Balan.