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O presidente Nicolas Sarkozy exige que africanos dispostos a entrar na França provem que são capazes de se sustentar financeiramente | Philippe Wojazer/Reuters
O presidente Nicolas Sarkozy exige que africanos dispostos a entrar na França provem que são capazes de se sustentar financeiramente| Foto: Philippe Wojazer/Reuters

Um trem com imigrantes tunisianos partiu da Itália e, ontem, foi impedido de atravessar a fronteira com a França, agravando a crise internacional acerca do destino de imigrantes do norte da África que fogem de conflitos políticos e buscam refúgio na Europa.

Um porta-voz da companhia ferroviária italiana, Maurizio Furia, disse em Roma que o trem levando imigrantes e ativistas políticos não teve permissão para seguir até Menton, na França, quando chegou à estação italiana de Ventimiglia, na fronteira dos dois países.

A Itália deu permissão temporária de moradia para muitos dos mais de 25 mil tunisianos que chegaram ao país para escapar dos distúrbios no norte africano nas últimas semanas. Vários tunisianos têm laços familiares ou amigos na França e o governo de Roma diz que a permissão concedida dá direito aos tunisianos de seguir até o país, por causa de um acordo sobre viagens entre países europeus.

Já a França diz que honrará as permissões apenas se os imigrantes provarem que podem se sustentar financeiramente e instituiu patrulhas na fronteira italiana, uma medida sem precedentes desde que entrou em vigor o Acordo de Schengen, pelo qual as pessoas com visto podem viajar sem pedir autorizações a cada país signatário desse acordo. A Alemanha já anunciou que pretende impor as mesmas restrições.

As nações europeias divergem sobre o assunto. "Nós de­­mos documentos aos imigrantes, demos tudo que é necessário e a Comissão Europeia reconheceu isso, disse que a Itália está seguindo as regras de Schengen", afirmou o ministro do Interior italiano, Roberto Maroni.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, tenta conter o número de imigrantes que chegam à França. Paris e Roma concordaram com patrulhas conjuntas por mar e ar há mais de uma semana, para impedir que imigrantes do norte da África cheguem à ilha de Lampedusa, ponto na Itália mais próximo da África.

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