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Vista aérea de um bairro em Chicago, uma das cidades afetadas pela forte onda de frio que atinge os Estados Unidos e afeta 140 milhões de pessoas | Kamil Krzaczynski/Efe
Vista aérea de um bairro em Chicago, uma das cidades afetadas pela forte onda de frio que atinge os Estados Unidos e afeta 140 milhões de pessoas| Foto: Kamil Krzaczynski/Efe

Fenômeno

Meio-oeste é a região mais afetada pela ação do "vórtex polar"

O meio-oeste é a região mais afetada dos EUA, embora alguns estados do sul e do norte também estejam registrando as menores temperaturas em 20 anos. No caso de Chicago, região conhecida por ter indústrias da cadeia automobilística, muitas pessoas estão trabalhando em casa, as escolas estão fechadas, o metrô opera com atrasos de mais de uma hora e algumas linhas foram suspensas.

As televisões mostram imagens de ruas desertas e restaurantes e lojas sem consumidores. "Você não está congelando. Você está fazendo história", destacou o jornal Chicago Tribune sobre o frio recorde na cidade.

Enquanto parte do país teve uma segunda-feira gelada, em Nova York, a situação é um pouco diferente. Pela manhã, os termômetros chegaram a marcar 13°C. A previsão, contudo, é que hoje as temperaturas caiam para abaixo de zero.

O fenômeno que tem causado esse frio intenso em parte dos EUA é chamado pelos especialistas de "vórtex polar", um redemoinho de ar denso e gelado que costumava ficar restrito a regiões do Canadá, mas que este ano desceu para os Estados Unidos.

  • Pessoas caminham em Chicago: sensação térmica em algumas regiões pode chegar a -50°C

O inverno rigoroso nos Estados Unidos, com algumas regiões registrando ontem as temperaturas mais baixas em 20 anos, segue provocando caos no país. Economistas já falam que a atividade econômica pode ser afetada negativamente no primeiro trimestre de 2014, por conta da paralisação de parte da nação.

Voos cancelados, escolas e estradas fechadas, lojas vazias e ruas sem carros. Este é o cenário mostrado pelas televisões norte-americanas em boa parte da região central dos EUA. Em Chicago, a temperatura chegou a -27ºC na manhã de ontem, recorde histórico de baixa.

Por causa dos ventos, a sensação térmica em alguns locais pode passar dos 50ºC negativos. No estado de Indiana, todos os departamentos do governo estão fechados. Em Indianapolis, a prefeitura proibiu a circulação de carros nas ruas, a menos que seja por uma emergência.

Nos últimos quatro dias, cerca de 9 mil voos foram cancelados no país. Ontem, até as 15h45 (de Brasília), 3,4 mil voos já haviam sido cancelados, segundo o site FlightAware. Além disso, outros 3,1 mil voos estavam com partidas ou chegadas atrasadas.

Os economistas ainda não calcularam o impacto ou mudaram suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o primeiro trimestre. Até porque a previsão é que o inverno rigoroso continue nos próximos dias, afetando comércio, indústria e serviços, além da agricultura. As montadoras já culparam o clima frio dos últimos dias de dezembro pelas vendas mais fracas de carros no mês passado.

Cerca de 30% do PIB dos EUA é sensível ao clima e a mudanças fortes de temperatura, concluiu um estudo da seguradora Allianz. O documento cita números do Departamento de Comércio dos EUA que mostram que 70% das empresas são diretamente afetadas por mudanças no clima.

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