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Mulher se protege do frio enquanto caminha por rua de Minsk, na Bielorússia onde temperaturas chegaram a -21.ºC | REUTERS/Vasily Fedosenko
Mulher se protege do frio enquanto caminha por rua de Minsk, na Bielorússia onde temperaturas chegaram a -21.ºC| Foto: REUTERS/Vasily Fedosenko

Mais de 70 mortes já foram confirmadas no leste europeu em decorrência de uma onda de frio que atinge a região nesta semana. Em muitas áreas, a temperatura tem girado em torno dos -30°C, causando caos nas estradas e apagões, em decorrência do aumento de consumo de energia.

Os países bálticos - Letônia, Lituânia e Estônia - sofrem uma das piores ondas de frio polar das últimas décadas.

A localidade letona de Latgaliai amanheceu nesta quarta-feira com 27º abaixo de zero e a de Daugavpils, uma das mais importantes do país, registrou temperaturas de 26 graus negativos, conforme levantamento da publicação digital lituana "Delfi.lt".

Em média, as temperaturas na Letônia se aproximam dos 23 graus abaixo de zero, dois graus a menos do registrado nesta quarta-feira pelos habitantes da capital, Riga.

Na Lituânia, que registrou em alguns pontos na terça-feira à noite dos 25 graus negativos, o Ministério da Agricultura estudará nesta quarta o adiamento pela primeira vez em 104 anos por causa do frio de uma tradicional corrida de cavalos.

O frio seguirá intenso nos três países bálticos, para os quais os meteorologistas preveem temperaturas de -29 nos próximos dias.

A essa marca já chegaram nesta quarta-feira cidades da Estônia, conforme o Instituto de Meteorologia e Hidrologia estoniano, citado pela agência russa "Regnum".

Quatro pessoas morreram vítimas das baixas temperaturas no fim de semana passado na Lituânia, quando o termômetro rondou os 20ºC abaixo de zero à noite e -15º de dia.

Uma mulher de Vilnius, capital da Lituânia, foi achada congelada na rua, perto de uma estrada, relatou o site "Delfi.lt". No sábado, uma idosa de 91 anos morreu de hipotermia no hospital da cidade de Alytus, o mesmo centro médico onde no dia seguinte outro idoso de 77 anos foi a óbito. Ele foi achado quase congelado em sua casa. No domingo, um homem de 51 anos foi localizado congelado também uma estrada.

Embora em outras cidades lituanas não tenham ocorrido mortes por causa do frio polar, muitas pessoas foram atendidas por congelamento e hipotermia.

Os meteorologistas explicam que essa é uma massa de ar frio procedente do sul da Sibéria e que se estende praticamente por todo o território da Rússia e chega inclusive até as ilhas britânicas, causando frio extremo na maior parte dos países do Leste da Europa.

Polônia

A onda de frio que afeta a Polônia desde o fim de semana já causou a morte de ao menos 15 pessoas por hipotermia, cinco delas nas últimas 24 horas, com temperaturas inferiores nesta quarta-feira aos 20 graus abaixo de zero em regiões orientais do país.

A temperatura cairá ainda mais nos próximos dias, e na quinta-feira e na sexta deve atingir 30 graus abaixo de zero.

As autoridades polonesas pediram à população que alerte a Polícia caso durante a noite sejam detectados indigentes ou bêbados ao relento, já que esses são os que correm maior risco de sofrer hipotermia.

Em Varsóvia e outras cidades a prefeitura acendeu fogueiras nas ruas para que as pessoas se aqueçam e possam resistir ao frio intenso.

Ucrânia

A onda de frio polar que castiga a Europa Oriental já deixou 43 mortos na Ucrânia desde a última sexta-feira, informou o Ministério de Emergência nesta quarta.

Nas últimas 24 horas, 13 pessoas morreram por causa das baixas temperaturas, segundo o boletim oficial.

Desde o começo da onda de frio, 723 pessoas foram hospitalizadas por congelamento e hipotermia.

Até a manhã desta quarta-feira, as autoridades ucranianas tinham habilitado em todo o país 1.735 locais com calefação e comida quente para que os cidadãos possam proteger-se do frio.

As regiões mais afetadas estão na região oriental de país, onde as temperaturas estão abaixo de 20 graus centígrados.

Segundo as previsões meteorológicas, Kiev deve ter nesta quarta-feira temperatura mínima de 29 graus negativos.

Bósnia, Romênia, Sérvia e Bulgária também estão sendo castigadas com o frio extremo. e contabilizam dezenas de mortes.

Na Rússia, apenas uma morte em Moscou foi atribuída ao frio até agora, apesar da temperatura ter chegado a -34°C em uma cidade da Sibéria. A situação levou o país a limitar a exportação de gás para a Europa Ocidental, o maior mercado consumidor da Rússia, para suprir um aumento da demanda interna.

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