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O número de mortos devido à passagem do furacão Felix pela América Central chegou nesta quinta-feira (6) a 100, após a descoberta dos corpos de 28 índios miskitos nicaragüenses na costa de Honduras, segundo fontes oficiais.

O presidente do Comitê Permanente de Emergência (COPECO), Marco Burgos, disse à agência AFP que "ao todo os corpos resgatados (dos miskitos nicaragüenses) somam 52, mas os resgatistas que realizam operações de rastreamento no mar consideram que o número de vítimas ainda vá aumentar bastante".

Segundo relato de sobreviventes, a tempestade chegou muito rapidamente à região, pegando-os de surpresa e inundando o litoral de Honduras e da Nicarágua. Alguns disseram ter ficado pendurados em objetos que boiassem durante 16 horas, necessitando de cuidados médicos após o resgate.

Militares dos Estados Unidos e de Honduras fizeram uma busca em helicópteros e barcos, em busca dos desaparecidos.

As praias estão completamente tomadas por destroços. O Félix passou pela região com a categoria 5, a máxima da escala Saffir-Simpson, e ventos de mais de 260km/h, gerando ondas de mais de 6 metros de altura.

Ele afetou 6.122 famílias, deixando mais de 40 mil desabrigados e obrigando pelo menos 15.809 a deixar suas casas. As vítimas estão em 76 albergues instalados em todo o litoral Atlântico Norte, segundo a Defesa Civil.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, foi à Região Autônoma do Atlântico Norte (RAAN), declarada em "estado de desastre", para avaliar os danos.

"Ainda não temos uma dimensão clara de todo o impacto", admitiu o governante. Ele estava acompanhado por um oficial do Exército dos Estados Unidos, que coordenará a chegada de helicópteros americanos para participar de trabalhos humanitários. O primeiro deles aterrissou hoje em Puerto Cabezas.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU enviou por via aérea 4,5 toneladas de feijão, arroz, milho, soja e óleo de cozinha, para alimentar a povoação litorânea de Bilwi, afetada pelo ciclone.

HenrietteAlém do Félix, que perdeu força, o furacão Henriette passou pelo México nesta semana. Dois homens morreram na cidade mexicana de Guaymas, em Sonora, nesta quarta-feira (5) varrida por Henriette, que chegou ao noroeste do México como furacão de categoria 1 (mínima), segundo autoridades do local.

A primeira vítima caiu do mirante de San Carlos, em Guyanas, levada por ventos de 120km/h do Henriette. A segunda foi um pescador que trabalhava na zona costeira de Guyanas

Os dois mortos em Sonora se somam às sete vítimas fatais do final de semana no México devido à chegada de Henriette, que entrou no país como tormenta tropical pelos estados de Guerrero (sul) e Chiapas (sudeste).

Antes, o Henriette já havia atacado a região balneária de Los Cabos, onde o aeroporto foi fechado, e outros pontos do Pacífico no México.

Além das mortes, o furacão acabou com plantações de tomate em Sinaloa.

No total, 5 mil pessoas tiveram que deixas suas casas em pelo menos dez municípios de Sonora. Félix alertaEm El Salvador, o presidente, Elías Antonio Saca, reduziu o alerta no país, que passou de laranja para amarelo.

No México, 800 pessoas foram retiradas de suas casas devido à iminente chegada da depressão tropical. As áreas de risco são a serra e a costa do estado de Chiapas, segundo autoridades da Defesa Civil.

"As imagens do satélite nos mostram que as precipitações deverão ser de 200 a 250 milímetros", disse o subsecretário de Defesa Civil de Chiapas, Luis Manuel García.

Os rios estão com 90% de sua capacidade e há uma grande umidade acumulada. "Por isso, qualquer chuva, por menor que seja, pode gerar inundações", avisou García.

TóquioUm forte tufão estava se aproximando de Tóquio na madrugada da sexta-feira (horário local), trazendo chuvas torrenciais e ventos que já deixaram um morto e 30 feridos e provocaram o cancelamento de centenas de vôos, segundo a imprensa.

Um homem de 76 anos morreu vítima da queda de uma árvore no departamento de Nagano (centro do Japão), informaram os bombeiros.

As autoridades japonesas advertiram para os riscos de inundações e deslizamentos. O tufão Fitow (o nome de uma flor da Micronésia) estava sendo esperado nesta sexta-feira ao amanhecer na capital e região periférica.

Acompanhado de ventos de 126 km/h, Fitow estava na noite desta quinta-feira a 190 km ao sudoeste de Tóquio, frisaram os serviços nacionais de meteorologia.

O tufão, que se desloca na direção norte a uma velocidade de 20 km/h, deve perder um pouco de intensidade antes de atingir a cidade de Tóquio.

Entretanto, se sua força se mantivesse, seria o mais violento a atingir o Japão desde outubro de 2004, quando dezenas de pessoas morreram, segundo os serviços nacionais de meteorologia.

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