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Os Bronzes do Benin, atualmente no Museu Britânico, são reivindicados pela Nigéria.
Os Bronzes do Benin, atualmente no Museu Britânico, são reivindicados pela Nigéria.| Foto: Warofdreams/Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported/Wikimedia Commons

Os ministros da Cultura do G20 concordaram, no sábado, em apoiar um diálogo “aberto e inclusivo” sobre a devolução de objetos culturais levados pelas potências ocidentais durante o período do colonialismo. Em uma reunião realizada na cidade milenar de Benares, no norte da anfitriã Índia, os representantes do G20 defenderam em um documento de resultados os progressos “até a resolução de problemas que permita a restituição de bens culturais aos seus países e comunidades de origem”.

Concretamente, o G20 decidiu “manter um diálogo aberto e inclusivo sobre a devolução e restituição de bens culturais” que “renove as relações entre os países”. Para tanto, os países devem promover o estudo da procedência dos objetos levados no passado, muitos dos quais são atualmente propriedade de museus e instituições culturais dos antigos Estados coloniais.

O G20 também pediu apoio aos países em desenvolvimento para “gerirem e conservarem eficazmente os bens culturais”. Um dos argumentos tradicionalmente usados pelos países e instituições que abrigam as obras de arte reivindicadas é o de que elas não seriam preservadas em suas nações de origem. Grupos fundamentalistas como o Estado Islâmico e o Talibã já foram responsáveis pela destruição de sítios arqueológicos importantes no Iraque, na Síria e no Afeganistão.

O debate aberto sobre a restituição de obras de arte e objetos saqueados ganhou força nos últimos anos, com um número crescente de museus e países forçados a devolver tesouros artísticos, sob pressão dos países de origem. No último mês de junho, por exemplo, o governo da Holanda anunciou pela primeira vez a devolução de 478 obras de arte reivindicadas pela Indonésia e pelo Sri Lanka, que foram levadas durante o período colonial.

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